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Domingo, 21 de julho de 2024

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Reconstrução da base na Antártica pode custar R$ 100 milhões

A reconstrução da base da Marinha na Antártica que pegou fogo no fim de fevereiro deve demandar R$ 100 milhões no período de quatro anos, de acordo com informações da assessoria de imprensa do Ministério da Defesa.


O valor foi citado pelo ministro Celso Amorim nesta terça-feira (6), durante audiência pública no Senado para discutir providências que serão tomadas pelo governo brasileiro para a reconstrução da base e a retomada das pesquisas do programa Proantar.

Amorim, no entanto, não detalhou o valor dos custos da reconstrução e reafirmou que os trabalhos só poderão começar no verão de 2013/2014.

"O valor do prejuízo não interessa muito, interessa o que vai ter que fazer [...] a partir da determinação da Dilma de que a base seja refeita", afirmou o ministro se dizendo "otimista" com a reconstrução da estação.

Do valor previsto para reconstrução, o governo federal liberou um crédito extraordinário de R$ 40 milhões, lembrou o secretário da Comissão Interministerial de Recursos do Mar, Marcos José de Carvalho Ferreira. Ele disse ainda que a segunda etapa será a concessão de crédito especial para a realização de um projeto detalhado da nova estação.

Na audiência, Ferreira mostrou fotos do incêndio nas áreas da estação e falou sobre o futuro da pesquisa na Antártica. "Após o término da perícia, haverá o emprego dos navios no limite de sua capacidade".

A audiência pública conjunta das comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Ajuda a familiares
Celso Amorim não ficou até o fim da audiência pública e na saída falou sobre ajuda aos familiares dos militares mortos.

"Eu estou aguardando uma resposta da Marinha, está sendo feita e estudada, haja exemplo de outras situações como base, como a do Haiti. Evidentemente que a atenção será dada, eles morreram heroicamente", afirmou o ministro em relação aos dois militares mortos, que, segundo Amorim, tentaram "debelar o incêndio antes de morrer". "Digamos que haveria tempo para simplesmente se afastar, mas eles foram lá com um objetivo específico".

Quanto à indenização dos pesquisadores que perderam bens materiais, Amorim disse que "o que for necessário recolocar será feito, parte pela Marinha, que diz respeito à logística, o que for relativo a equipamento, material de pesquisa, em geral, será parte do Ministério da Ciência e Tecnologia".

O requerimento de convocação do ministro da Defesa foi aprovado pela Comissão de Relações Exteriores na última quinta-feira (1º). O documento foi assinado pelos senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Fernando Collor (PTB-AL).

O comandante da Marinha, o almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, o ministro interino de Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Elias e o secretário da Comissão Interministerial de Recursos do Mar, Marcos José de Carvalho Ferreira, estavam presentes na audiência. O ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, foi substituído pelo secretário-executivo da pasta já que está em viagem oficial com a presidente Dilma Rousseff na Alemanha.
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