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barraco no senado

Serys encerra sessão do Senado; PSDB irritado invade Mesa Diretora

14 Mai 2009 - 20:00

De Brasília - Severino Motta especial para o Olhar Direto

Foto: Geraldo Magela

Serys encerra sessão do Senado; PSDB irritado invade Mesa Diretora
A segunda vice-presidente do Senado, Serys Slhessarenko (PT-MT), encerrou uma polêmica sessão da Casa nesta quinta-feira e viu a Mesa Diretora do Senado ser invadida pelo PSDB. Os tucanos, que faziam vigília pela criação da CPI da Petrobras, disseram que o encerramento da sessão foi um golpe, e logo após o decreto de fechamento, subiram, tomaram os assentos da presidência e no microfone declararam, mesmo que sem efeito, reaberta a sessão.


A polêmica começou nesta manhã, quando uma reunião do colégio de líderes, que não contou com a presença do PSDB foi realizada. Nela, foi decido que os senadores aguardariam a vinda do presidente da Petrobras Sergio Gabrielli ao Senado, na semana que vem, para reavaliar a necessidade de criação da CPI.

Ao saber da reunião, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), se revoltou. Ele, junto de Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Sérgio Guerra (PSDB-PE), iniciaram uma vigília no plenário para que a CPI fosse criada.

Então presidindo a sessão estava Mão Santa (PMDB-PI), que se negou a ler o requerimento de criação da CPI devido ao acordo. À noite quem assumiu a cadeira foi o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI). Tal como Mão Santa, em nome do acordo, não quis fazer a leitura.

“Prorrogo em uma hora a sessão, o [primeiro vice] presidente Marconi Perillo [PSDB-GO] chegando, ele assume e lê o requerimento”, disse.

Nisso, já por volta das 20h, adentra o plenário a senadora Serys. Conversa com a secretaria-geral da Mesa, Cláudia Lyra, recebe a informação que não há mais inscritos e encerra a sessão. O fim foi como uma bomba.

Tasso gritava: “Isso é uma palhaçada”. Guerra reclamava com Heráclito e com Serys. Virgílio sobre a Mesa, senta-se na cadeira de presidente e ladeado por Guerra diz: “Está reaberta a sessão, Tasso tem a palavra”.

Do plenário, Heráclito argumentava: “Vamos manchar nossas biografias”. E Virgílio começa a se desentender com Serys. “Você não pode encerrar a sessão, eu estava inscrito para falar”. No que foi rebatido: “Na lista não há oradores inscritos”.

Com a informação, Virgílio se revolta com Cláudia Lyra e pede sua cabeça, diz ainda que se ouvirem o áudio do plenário, vai ser comprovado que ele pediu a palavra como líder. Ele tenta, novamente abrir a sessão e Heráclito manda que os técnicos cortem os sons do microfone.

Serys deixa a Mesa e depois de alguns instantes dá entrevista aos jornalistas. Diz que já estava a caminho de casa quando ouviu, pelo rádio, a discussão no plenário. Retornou, encerrou a sessão e impediu que a chegada de Marconi viabilizasse a criação da CPI da Petrobras.

A oposição, indignada, diz que Serys deu um golpe que “nem na época da ditadura era visto”. E promete tentar fazer a leitura do requerimento para criar a CPI da Petrobras na manhã desta sexta-feira.
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