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Domingo, 21 de julho de 2024

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PSDB critica 'vazamento seletivo' de grampos da PF e defende Perillo

O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra, afirmou nesta quarta-feira (4) que o partido "confia" no governador de Goiás, Marconi Perillo. Guerra criticou o que chamou de "vazamento seletivo" de conversas entre políticos da oposição e o contraventor Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela PF em fevereiro sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal em Goiás.


De acordo com reportagem do jornal "O Globo" desta quarta, a chefe de gabinete de Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, teria recebido informações sobre operação da Polícia Federal obtidas pelo grupo de Cachoeira. Nesta terça (3), a servidora pediu demissão do cargo. O governador Marconi Perillo afirmou nesta quarta conhecer Cachoeira, mas disse que o viu "pouquíssimas vezes". Perillo também defendeu a servidora.

Sérgio Guerra disse ainda achar "estranho" que apenas tenha sido revelado o envolvimento de políticos da oposição com Cachoeira. O senador Demóstenes Torres, suspeito de ter usado o mandato para beneficiar Cachoeira, pediu desfiliação do DEM na terça para evitar a expulsão do partido após denúncia de que usou seu mandato para favorecer o bicheiro.

"Está havendo um vazamento seletivo de gravações. Sabemos que existe o envolvimento muito amplo de Cachoeira [com políticos]. Até agora nao saiu nome de governista. Tudo isso é muito suspeito", afirmou o presidente do PSDB, para quem está havendo um "jogo político" na divulgação das gravações. "Os fatos têm que ser públicos. Deixem o Cachoeira falar."

O deputado disse ainda que "o PSDB reitera a confiança no governador" de Goiás. "Ele é um homem público testado que já participou de campanhas eleitorais. "Não há o que investigar ainda, mas se houver vamos apurar. O mais prudente é colher mais informações para, a partir daí, tomar as atitudes necessárias."

Escutas
Interceptações telefônicas da PF na Operação Monte Carlo, na qual Cachoeira foi preso, mostram que Demóstenes tentou ajudar o empresário no Congresso e junto ao governo. O senador pediu desfiliação do DEM nesta terça.

A decisão foi tomada após a legenda anunciar a abertura de um processo disciplinar, que poderia culminar em sua expulsão da sigla.

O advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que deverá preparar até a próxima segunda (9) um pedido no Supremo Tribunal Federal para anular a validade de gravações de diálogos entre o senador e Carlinhos Cachoeira que poderiam ser usadas como provas contra o parlamentar.

Outros deputados são citados em gravações feitas pela PF: Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski avalia se abre inquérito para investigar se houve irregularidades na relação dos deputados com Cachoeira.
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