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Domingo, 21 de julho de 2024

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Ministro diz que PF 'respeitou decisões judiciais' ao fazer gravações

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quarta-feira (4) que a Polícia Federal cumpriu com “rigor” a lei e decisões judiciais nas investigações sobre o envolvimento de políticos com o bicheiro Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.


O advogado do senador Demóstenes Torres (GO), Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, disse que vai preparar até a próxima segunda (9) um pedido no Supremo Tribunal Federal para anular a validade de gravações de diálogos entre o senador e Cachoeira que poderiam ser usadas como provas contra o parlamentar.

“A Polícia Federal cumpriu rigorosamente o seu papel. Os fatos estão colocados sob a luz dos autos. Da parte da PF, posso afirmar que as decisões judiciais foram cumpridas rigorosamente”, afirmou Cardozo ao ser indagado sobre o argumento da defesa de Demóstenes.

Interceptações telefônicas da PF mostram que o senador atuou em favor de Cachoeira no Congresso e junto ao governo. Kakay argumenta, no entanto, que as escutas deveriam ter sido autorizadas previamente pelo STF, já que o senador possui o chamado foro privilegiado.

Cardozo também comentou as declarações do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, de que está havendo “vazamento seletivo” de conversas entre políticos da oposição e o contraventor. “A Polícia Federal em nenhum momento vazou absolutamente nada”, disse o ministro da Justiça.

Nesta quarta, Sérgio Guerra afirmou achar "estranho" que apenas tenha sido revelado o envolvimento de políticos da oposição com Cachoeira.

"Está havendo um vazamento seletivo de gravações. Sabemos que existe o envolvimento muito amplo de Cachoeira [com políticos]. Até agora nao saiu nome de governista. Tudo isso é muito suspeito", afirmou o presidente do PSDB, para quem está havendo um "jogo político" na divulgação das gravações. "Os fatos têm que ser públicos. Deixem o Cachoeira falar."

De acordo com reportagem do jornal "O Globo" desta quarta, a chefe de gabinete de Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, teria recebido informações sobre operação da Polícia Federal obtidas pelo grupo de Cachoeira. Nesta terça (3), a servidora pediu demissão do cargo. O governador Marconi Perillo afirmou nesta quarta conhecer Cachoeira, mas disse que o viu "pouquíssimas vezes". Perillo também defendeu a servidora. O presidente do PSDB afirmou que o partido "confia" no governador.
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