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Domingo, 21 de julho de 2024

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Membro da quadrilha de Cachoeira se dizia empregado de senador

O sargento Idalberto Matias, o Dadá, apontado como um dos chefes do serviço de espionagem do bicheiro Carlinhos Cachoeira, era mais que um simples interlocutor do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). De acordo com o jornal O Globo, o ex-presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse em uma entrevista que Dadá se apresentava como empregado de Demóstenes. Os dois, o brigadeiro e Dadá, tiveram aproximadamente 20 encontros do final de 2008 a 2011. Dadá está preso desde 29 de fevereiro e é apontado pela Polícia Federal como um dos principais integrantes da quadrilha supostamente chefiada por Cachoeira. Dadá é suspeito também de encomendar a interceptação de e-mails do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR).


Segundo Pereira, os dois começaram a se encontrar durante a CPI do Apagão Aéreo, entre 2007 e 2008. O brigadeiro deixou a presidência da Infraero em agosto de 2007, mas manteve conhecimento e certa influência no setor, onde trabalhou por muitos anos. Nos primeiros encontros, o preposto do senador fazia perguntas sobre casos de corrupção dentro da Infraero, depois começou a se interessar por contratos e licitações na área de informática. Segundo o brigadeiro, ao perceber o "perigo", mandou o sargento dizer a Demóstenes que não teria licitação alguma. Em um dos diálogos interceptados pela Polícia Federal, Demóstenes e Cachoeira falam em código sobre a estatal e sobre os encontros do sargento espião, Dadá, com o brigadeiro. Aparentemente, Dadá foi escalado para negociar com Pereira, mas não estava tendo sucesso na empreitada. O bicheiro ordena, então, que o senador assuma o comando da transação.
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