Levantamento do jornal O Estado de S.Paulo, que será publicado neste domingo, revela que pelo menos 13 dos 38 ministros da equipe da presidente Dilma Rousseff ganham acima do teto salarial de R$ 26,7 mil, graças aos jetons - remuneração mensal por participação em conselhos de companhias estatais ou empresas públicas. O campeão é o ministro da Defesa, Celso Amorim, que além de receber um salário de R$ 26,723,15 (pago a todos os ministros), recebe mais R$ 19,4 mil como conselheiro da Itaipu Binacional, atingindo o teto de R$ 46.123,15.

Também ganham supersalários o ministro da Fazenda, Guido Mantega (R$ 41.592); a ministra do Planejamento, Miriam Belchior (R$ 41.592); o advogado-geral da União Luís Inácio Adams (R$ 38.723); Fernando Pimentel (R$ 38.115), do Desenvolvimento; Paulo Bernardo (R$ 32.685), das Comunicações; Marco Raupp (R$ 32.041), da Ciência e Tecnologia; Tereza Campello (R$ 31.522), do Desenvolvimento Social; Wagner Bittencourt (R$ 30.223), da Aviação Civil; Paulo Roberto Santos (R$ 29.129), do Trabalho e Emprego; Ana de Hollanda (R$ 29.105), da Cultura; Helena Chagas (R$ 28.810), da Secretaria de Comunicação; e Paulo Sérgio Passos (R$ 28.423), dos Transportes. Embora o governo tenha encaminhado ao Congresso um projeto de lei complementar que diz que nenhum servidor público pode ganhar mais que um ministro do Supremo Tribunal Federal (cujo teto é de R$ 26,7 mil), a medida ainda não foi regulamentada e, na prática, o pagamento de jetons para complementar os salários de ministros não é uma medida irregular.