O senador Pedro Taques (PDT-MT) começa hoje (10) a recolher assinaturas para apresentar o requerimento à presidência do Senado pela abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o envolvimento de parlamentares como empresário Carlos Cachoeira – acusado de envolvimento em um esquema de jogos ilegais em Goiás.

"Trata-se de uma Comissão suprapartidária que buscará a elucidação dos fatos. O Senado tem que dar uma resposta à sociedade e também aos senadores", afirmou ontem em aparte ao discurso do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, a iniciativa foi motivada pelo indeferimento do Supremo Tribunal Federal (STF) ao ofício encaminhado à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo informações a respeito da "Operação Monte Carlo”. O STF comunicou oficialmente ao Senado que o requerimento não poderá ser respondido porque o inquérito tramita sob segredo de justiça.

Taques argumentou que somente uma CPI teria condições constitucionais de receber tais informações. Em Plenário, os senadores Ana Amélia (PP) e Álvaro Dias (PSDB) manifestaram apoio à proposta.

Ele explicou ainda que uma Comissão composta por senadores e deputados federais seria mais viável, uma vez que as últimas notícias ampliam a participação de políticos no suposto esquema ilícito.

De acordo com o artigo 58 da Constituição Federal, a instalação da comissão se dará mediante requerimento com a adesão de um terço dos membros das duas Casas, ou seja, 27 senadores e 171 deputados federais.

Independente da abertura da CPMI, o senador Pedro Taques ressalta que Conselho de Ética do Senado poderá agir sem as informações da PGR, "cumprindo o seu dever constitucional”. O nome do novo presidente do Conselho será definido nesta terça-feira (10). (Com informações da assessoria de imprensa do senador Pedro Taques)



Atualizada às 13h23