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Domingo, 21 de julho de 2024

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CPI vai apurar elo de Cachoeira com setor público e privado, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), enfatizou nesta quarta-feira (11) que a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) em gestação para investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira não ficará restrita aos parlamentares. Ele afirmou que a apuração atingirá agentes públicos dos três poderes, além do setor privado.


"A CPI não é uma uma CPI do Parlamento. A CPI vai investigar a ligação do Cachoeira com o Legislativo, o Executivo, Judiciário e também com o setor privado", disse no plenário da Casa. Para instalar a CPI, são necessárias as assinaturas de 171 deputados e 27 senadores, o que deve ocorrer até o fim desta semana.

Os líderes do PT na Câmara e no Senado negociavam na tarde desta quarta o texto final de criação da CPI. O líder do PT da Câmara, Jilmar Tatto (SP), confirmou que a proposta que deve prevalecer é a de investigar o elo do contraventor com "agentes públicos e privados".

Na noite desta terça (11), o Senado enviou a proposta de "escopo" da CPI à Câmara. De acordo com o senador Randolfe Rodriques (PSOL-AP), o texto dos senadores prevê a investigação dos desdobramentos da Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira, e a ligação do bicheiro com o setor público e privado. O texto final da CPI está sendo finalizado pelas assessorias das lideranças do PT nas duas Casas.

"A assessoria técnica das duas Casas estão reunidas e ainda hoje iremos bater o martelo. Não devemos mudar muito do que foi proposto pelo Senado. A CPI deverá investigar a relação do Cachoeira com agentes públicos e privados", afirmou Jilmar Tatto.

De acordo com Marco Maia, a praxe é de que em caso de CPI mista o presidente seja indicado pela maior bancada do Senado e a relator, pela maior bancada da Câmara. Por essa lógica, a presidência da comissão que investigará as relações de Cachoeira ficará com o PMDB e a relatoria, com o PT. "Para fugir dessa tradição só se tiver um amplo acordo entre os líderes", afirmou Maia.

Apoio
De acordo com Tatto e com o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), a coleta de assinaturas dos parlamentares para a instalação da CPI deve começar ainda na noite desta quarta. "Assim que o texto estiver pronto, começaremos a coletar as assinaturas", disse Pinheiro.

Também nesta quarta, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou que a CPI mista "não é prioridade para o partido". Apesar disso, ele afirmou que os senadores da legenda deverão "apoiar" o requerimento de criação da CPI.

"A CPI não é uma prioridade para o PMDB. Essa comissão parlamentar de inquérito não é da iniciativa do PMDB. O PMDB apenas apoia", afirmou.
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