O PDT gaúcho já começa a ceder, e pode assinar até a próxima terça-feira (19) a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB). Ela é acusada de usar caixa dois em sua campanha eleitoral para comprar um imóvel.
PDT pode ser o fiel da balança na CPI contra governadora Yeda Crusius (foto)
As negociações entre a oposição e o PDT caminha lentamente, mas já avançou, apurou a Folha Online.
Nos bastidores, o PDT já admite assinar a Comissão desde que possa fazer contribuições e adendos ao requerimento. A oposição aguarda essas sugestões, mas espera que elas não descaracterizem o texto original.
Para emplacar a CPI são necessárias 19 assinaturas, mas até agora apenas 12 parlamentares aderiram. Essas sugestões podem ser reveladas na próxima terça-feira (19), data programada pela legenda para divulgar sua decisão.
Protagonista
Segundo interlocutores, o PDT resiste em assinar porque deseja um papel de protagonista na investigação contra a governadora. Para outros, no entanto, a resistência se deve à proximidade das eleições de 2010.
A legenda negocia em duas frentes. Ela pode apoiar o candidato a governador do PT ou a indicação do PMDB, que se recusou a assinar a CPI contra Yeda.
Se o PDT ficar com o PMDB, pode ganhar de presente a Prefeitura de Porto Alegre. É que o atual prefeito, José Fogaça, é cogitado como um dos candidatos do PMDB ao governo estadual. Nesse caso, quem assumiria por dois anos a prefeitura é o vice, o pedetista José Fortunati.