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Domingo, 21 de julho de 2024

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Congresso Nacional oficializa criação da CPI do Cachoeira

Congresso Nacional oficializa criação da CPI do Cachoeira
O primeiro-secretário do Congresso Nacional, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), fez na manhã desta quinta-feira (19) a leitura do requerimento que oficializou a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários.


Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo. Ele é acusado de chefiar um esquema de jogo ilegal em Goiás e de ter montado uma rede de corrupção, infiltrada em governos, que envolveria parlamentares, policiais e empresas.

A sessão do Congresso foi presidida pela deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), que assumiu o posto na ausência do presidente do Senado e do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), internado em São Paulo e de licença médica.

Segundo Rose de Freitas, até a manhã desta quinta eram 337 assinaturas válidas dentre 513 deputados e 72 assinaturas válidas dos 81 senadores. Para a criação de uma CPI mista, são exigidas, no mínimo, 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.

Lido o relatório de criação da comissão, os parlamentares terão até a meia-noite para aderir ou retirar a assinatura.

Fica aberto a partir desta quinta um prazo de cinco dias para os partidos indicarem os 15 deputados e 15 senadores que irão compor a comissão, além de outros 30 suplentes.

Rose de Freitas convocou sessão do Congresso para a próxima terça (24), na qual os nomes indicados pelos partidos para integrar a comissão serão encaminhados à mesa diretora do Congresso.

Pelo regimento, as legendas ou blocos terão direito à quantidade de vagas proporcional ao tamanho de suas bancadas. Os cargos mais cobiçados, a presidência e a relatoria, devem ficar, respectivamente, com o PMDB do Senado e o PT da Câmara.

A previsão é de que a comissão seja instalada na próxima quarta (25), com a escolha definitiva dos membros e elaboração de um plano de trabalho.

'Para valer'
O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), foi o primeiro a usar a tribuna do plenário para discursar sobre a criação da CPI mista. "Nós queremos que essa CPMI seja efetiva e seja para valer", pediu.

Segundo Alencar, a constituição da comissão é que definirá se haverá, de fato, investigação abrangente do envolvimento de políticos e empresários com Cachoeira.

O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), atacou a oposição e disse que não irá "aceitar" condenações ao governo. "Tem muita lenha do DEM queimando hoje no Brasil, nessa maracutaia", afirmou ao citar o envolvimento do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que deixou o DEM após denúncias de favorecimento a Cachoeira.

"Nós não vamos aceitar condenar o PT, condenar o governo. Vamos trabalhar com prudência [...] O que queremos é que os envolvidos sejam investigados e punidos", afirmou Tatto.
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