A presidente Dilma Rousseff decidiu adiar para esta quinta-feira (3) a reunião do Conselho Político, anteriormente marcada para esta quarta (2) no Palácio do Planalto. O motivo alegado pela Presidência é que, em razão do feriado do Dia do Trabalho, muitos líderes não conseguiriam estar em Brasília nesta quarta.

O Conselhão – que é integrado por ministros, presidentes e líderes dos partidos aliados – vai se reunir pela segunda vez neste ano.

A última reunião do Conselho Político ocorreu em 14 de fevereiro e o tema principal foi a conjuntura econômica do país e a definição das pautas prioritárias ao longo do ano no Congresso Nacional. Participaram líderes e presidentes de 15 partidos da base aliada, além dos principais ministros do governo.

Na ocasião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a expectativa do governo de aumentar em 10% o investimento e citou programas prioritários para o país, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que pretende investir R$ 40 bilhões neste ano; o PAC Privado (parceria dos setores público e privado), cujo investimento deve chegar a R$ 1 trilhão até 2014; o Minha Casa, Minha Vida e as obras da Copa do Mundo.

Na reunião desta quinta, um assunto que poderá entrar na pauta será a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada pelo Congresso Nacional para investigar o envolvimento de políticos e empresários com o bicheiro Carlos Augusto Almeida Ramos, apontado como chefe de uma quadrilha de jogo ilegal em Goiás e preso em fevereiro pela Polícia Federal.

O Palácio do Planalto não tem se manifestado oficialmente sobre a CPMI. No mês passado, a presidente chegou a dizer, em entrevista, que o governo terá "uma posição absolutamente de respeito ao Congresso" e que "todas as coisas têm que ser apuradas". Ela disse, contudo, que não se manifesta "sobre outro poder".

Na semana passada, após Dilma ter se reunido por mais de quatro horas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência divulgou nota na qual afirma que, “em momento algum” Dilma conversou sobre a CPMI com o antecessor.