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Domingo, 21 de julho de 2024

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Governo admite existência de Plano B em caso de interrupção das obras

Foto: Reprodução

Governo admite existência de Plano B em caso de interrupção das obras
O governo federal já estuda a adoção de um plano B para o caso de a empresa Delta deixar as obras que estejam em execução em todo o país. Em pleno Dia do Trabalho, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, admitiu ontem que o governo se preocupa com o abandono das obras.


O perigo é real e pode trazer uma série de prejuízos ao país, tendo em vista que a Delta detém grande parte dos empreendimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com o ministro, o governo já analisa tecnicamente como a empreiteira poderia ser substituída caso isso ocorra.

“O Ministério do Planejamento está se preparando para fazer o mais rápido possível o processo para que as obras sejam retomadas o quanto antes. Nós vamos fazer de tudo, naturalmente, para que não haja essa solução de [des]continuidade. O investimento público é um dos fatores fundamentais para continuar essa dinâmica de crescimento [do país]", disse Gilberto Carvalho.

Em Mato Grosso, a Delta Construções é a empresa responsável pela execução da duplicação da BR 163, na Serra de São Vicente. A empreiteira deve entregar a obra até o início da próxima semana, com um atraso de um ano e meio em relação ao prazo inicialmente estipulado.

No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de irregularidades em trechos da obra. O principal deles diz respeito à espessura das placas de concreto. Os fiscais do TCU foram a campo e constataram que, em alguns trechos, até 30% delas estão com tamanho inferior ao projetado.

Investigações da Polícia Federal apontam uma ligação entre a empreiteira e o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A Delta tem cerca de 300 contratos no setor de construções em 23 Estados do país e no Distrito Federal. Do governo federal, foi a empresa que mais recebeu recursos em 2011.

A Controladoria-Geral da União identificou irregularidades em 60 contratos, no valor total de R$ 632 milhões, entre a empreiteira e o Governo Federal entre os anos de 2007 e 2010. Ainda na CGU, foi aberto um processo para declarar a inidoneidade da empresa.




Atualizada às 14h47.
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