O Conselho de Ética do Senado começou a ouvir, por volta das 10h desta terça-feira (15), o depoimento dos delegados Raul Alexandre Marques Souza e Mateus Mella Rodrigues, responsáveis pela Operação Vegas e Monte Carlo, que investigou esquema de jogos ilegais supostamente chefiados pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A sessão teve início com cerca de uma hora de atraso. Além dos delegados, a Polícia Federal confirmou a presença no Conselho de Ética do diretor de Combate ao Crime Organizado, Oslain Santana, que irá acompanhar os policiais.

O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, também acompanha o depoimento. Demóstenes responde a processo por quebra de decoro parlamentar, que pode levar à cassação do mandato. A suspeita é de que Demóstenes tenha usado o cargo para beneficiar atividades ilegais supostamente cometidas por Cachoeira.

Sessão fechada
Embora os delegados não tenham pedido para que o depoimento seja sigiloso, o presidente do Conselho de Ética, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e o relator do caso, Humberto Costa (PT-PE), determinaram que as oitivas fossem fechadas. Assim que o depoimento teve início, a imprensa foi retirada da sala.

"Devido ao sigilo profissional dos delegados, que naturalmente durante os depoimentos vão se referir a gravações que estão sob sigilo, esta sessão será secreta", disse o presidente.

Antes de o depoimento ter início, o presidente do conselho leu o ofício encaminhado pela Polícia Federal confirmando a presença dos delegados na reunião do conselho. Segundo o presidente do conselho, as primeiras perguntas aos delegados serão feitas pelo relator e depois pelo advogado do senador Demóstenes Torres. Após essa etapa, parlamentares titulares e suplentes poderão fazer perguntas, seguidos de parlamentares que não são integrantes do conselho.