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Domingo, 21 de julho de 2024

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CASO CACHOEIRA

Senador pediu ajuda a Taques e Randolfe para redigir a sua defesa

Foto: Reprodução

Senador pediu ajuda a Taques e Randolfe para redigir a sua defesa
O senador goiano Demóstenes Torres (sem partido) admitiu em depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, nesta terça-feira (29), ter procurado os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSol-AP) para dar a sua versão a respeito das denúncias publicadas pela imprensa que deram conta de suas ligações com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.


De quebra, o senador, que corre o risco de ser cassado, pediu ajuda de ambos para redigir seu discurso feito no plenário do Senado.

Demóstenes foi questionado por Pedro Taques sobre o fato de o senador goiano ter procurado os dois colegas em telefonema dado no dia três de março deste ano e que o encontro entre ambos ocorreu no dia 05 de março, em Brasília. Na ocasião, segundo Taques, os dois parlamentrares questionaram a razoabilidade das denúncias contra Demóstenes e sobre a necessidade de uma defesa.

"Sim, confirmo que telefonei para o senhor [Taques] e me encontrei com os dois senadores no dia 05 de março para explicar a minha versão sobre os fatos. Inclusive foram os dois colegas que me ajudaram a redigir meu discurso de defesa que fiz no plenário do Senado", afirmou.

Adotando clara estratégia de mostrar que agiu em busca da transparência diante de acusações que recaiam sobre um dos, até então, principais aliados dentro do Congresso Nacional,  Taques também pediu para que Demóstenes confirmasse o diálogo que os parlamentares tiveram, ocasião em que o senador mato-grossense confrontou o colega sobre o fato de ele ter sido acusado de receber um telefone do bicheiro e participar do chamado Clube Nextel.

Questionado sobre qual uso faria do aparelho ganho do contraventor, Demóstenes tentou minimizar as denúncias, afirmando que se tratava apenas de uma comodidade e que não lembrava do dia em que as notícias contra ele foram publicadas.

"Recebi sim um telefone, mas o uso dele foi apenas para facilitar o contato entre Brasil e Estados Unidos. Só não funcionava na Europa. Só não lembro de quando foi publicada a notícia sobre o Nextel", confirmou.

O senador mato-grossense fez uma série de perguntas sobre conversas entre Demóstenes, Cachoeira e pessoas ligadas ao empresário. Demóstenes negou que tenha tentado acobertar o dono da Delta, Fernando Cavendish, que seria convocado a depor no Congresso Nacional.

O parlamentar sem partido também descartou que tivesse recebido R$ 20 mil de Cachoeira na véspera de seu casamento e de uma viagem à Europa.

Também disse que não manteve em seus quadros servidores fantasmas e que nunca usou cartão internacional de débito de outra pessoa para pagar despesas pessoais.




Atualizada às 17h43

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