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Domingo, 21 de julho de 2024

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Dadá

Apontado como araponga de Cachoeira deixa prisão em Brasília

O ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, apontado pela Polícia Federal como araponga do bicheiro Carlinhos Cachoeira, foi libertado na noite desta segunda-feira (4), após mais de três meses de prisão.

O ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, apontado pela Polícia Federal como araponga do bicheiro Carlinhos Cachoeira, foi libertado na noite desta segunda-feira (4), após mais de três meses de prisão. Ele deixou o presídio militar do Comando da Aeronáutica, em Brasília, em torno das 21h e depois seguiu para o Instituto Médico Legal, da Polícia Civil, onde fez exames de corpo delito. Por volta das 22h30, foi liberado, sem falar com a imprensa no local.


Segundo informou mais cedo o advogado de Dadá, Leonardo Gagno, ele iria direto para casa ficar com a família, também na capital federal. A decisão de soltar o ex-sargento foi proferida nesta segunda pela terceira turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O desembargador Cândido Ribeiro acompanhou o relator do caso, Tourinho Neto, e considerou que não havia sentido no argumento do Ministério Público de que Dadá era "cabeça pensante" da organização.

Pela decisão, no entanto, Dadá está impedido de manter contato com outros denunciados e também não pode deixar a comarca de seu domicílio sem autorização judicial. Caso contrário, ele pode voltar a ser preso.

Dadá foi preso pela Polícia Federal em fevereiro durante a operação Monte Carlo. Ele é acusado de ser um espião que atuava com grampos ilegais a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que está detido na penitenciária da Papuda, em Brasília.

Informante
Mais cedo nesta segunda, em visita ao Comar antes da liberação de Dadá, o advogado Leonardo Gagno, que representa o ex-sargento, admitiu que o cliente prestava serviços de informante para o bicheiro preso Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar esquema de jogos ilegais e corrupção. Gagno, no entanto, negou que ele fizesse algo ilegal na função.

"O que foi encontrado nos áudios era que ele [Dadá] recebia R$ 5 mil pelos serviços. Ele era o informante. Ele sempre prestou serviço ao Cachoeira, de busca de informações, mas nunca foi um serviço ilegal", afirmou.

Leonardo Gagno ainda disse que Dadá não recebeu proposta de delação premiada da Justiça para que pudesse deixar a prisão. Nesse tipo de acordo, o acusado recebe a garantia de que poderá diminuir a pena, caso condenado, se contribuir com as investigações.

"Nunca houve nenhuma proposta para que ele delatasse ninguém. De forma alguma ele [Idalberto] iria aceitar. Ele vai para casa agora, ficar com a família", disse o advogado.

Pagamento de Perillo
Ainda nesta segunda (4), um jornalista de Goiás que trabalhou para campanhas eleitorais do governador de Goiás, Marconi Perillo, afirmou nesta segunda-feira (4), em entrevista ao Jornal da Globo, que recebeu R$ 40 mil, em espécie, diretamente das mãos do governador, como parte do pagamento pela produção de programas de rádio em 2010. O recebimento, disse o jornalista, teria ocorrido no escritório de campanha pouco antes do início da campanha.

Na entrevista, Luiz Carlos Bordoni também confirmou que outra parte do pagamento, no valor de R$ 45 mil, foi depositada na conta de sua filha pela Alberto e Pantoja, que, segundo investigações da Polícia Federal, era uma empresa de fachada usada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. Esse pagamento foi revelado na última sexta (1º) pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Em nota, a assessoria de imprensa do governador de Goiás afirmou que Marconi Perillo "jamais fez e não faz pagamentos a quem quer que seja" e que sempre recebeu jornalistas em seu escritório, incluindo Bordoni, mas que as conversas sempre se referiam aos temas políticos da época. Na sexta, Perillo disse, também em nota, que as afirmações de Bordoni sobre o pagamento pela Alberto e Pantoja eram "mentirosas e irresponsáveis".

No fim de semana, o jornalista afirmou, em seu blog, que o depósito da Alberto e Pantoja foi negociado por Lúcio Gouthier Fiúza, assessor de Perillo. O depósito apareceu no inquérito da Operação Monte Carlo, que levou à prisão de Cachoeira.

Ao jornal "O Estado de S. Paulo", ele disse que resolveu falar por causa do depoimento do senador Demóstenes Torres, ao Conselho de Ética, em que citou o nome da filha.
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