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Domingo, 21 de julho de 2024

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Cachoeira chega à Justiça Federal para depoimento de testemunhas

O bicheiro Carlinhos Cachoeira chegou por volta das 8h desta quarta-feira (24) ao prédio da Justíça Federal de Goiânia para acompanhar o depoimento das testemunhas no processo referente à Operação Monte Carlo. Nesta terça serão ouvidas quatro testemunhas de acusação...

O bicheiro Carlinhos Cachoeira chegou por volta das 8h desta quarta-feira (24) ao prédio da Justíça Federal de Goiânia para acompanhar o depoimento das testemunhas no processo referente à Operação Monte Carlo. Nesta terça serão ouvidas quatro testemunhas de acusação e dez testemunhas de defesa. Nesta quarta (25), será a vez do próprio contraventor depor, além de outros sete que são réus na ação.


Além de Cachoeira, também entraram no prédio da Justiça a mulher dele, Andressa Mendonça, acompanhada de familiares, e os réus Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, suspeito de ter feito grampos ilegais a mando de Cachoeira, e Wladimir Garcez, apontado como elo entre Cachoeira e o governo de Goiás.

A Monte Carlo é a operação da Polícia Federal que prendeu Cachoeira sob acusação de exploração do jogo ilegal em Goiás.

As quatro testemunhas de acusação são policiais federais que participaram das interceptações telefônicas da Monte Carlo.

As 10 testemunhas de defesa, por sua vez, foram indicadas pelos réus. Segundo advogados que atuam no caso, várias testemunhas que moram fora de Goiânia foram ouvidas no processo por carta precatória - quando um juiz de outra comarca colhe depoimento a pedido do magistrado titular do caso.

Na quarta (25), será a vez do interrogatório de sete dos oito réus do processo. Deles, apenas dois ainda estão presos: Carlinhos Cachoeira e Gleyb Ferreira da Cruz, apontado na denúncia do Ministério Público Federal de Goiás como auxiliar do contraventor.

Outros cinco chegaram a ser presos, mas estão atualmente em liberdade. São eles Idalberto Matias de Araújo, o Dadá; José Olímpio de Queiroga Neto, suspeito de atuar na abertura e fechamento de pontos de jogo ilegal; Lenine Araújo de Souza, apontado como braço-direito de Cachoeira; Raimundo Washington de Sousa Queiroga, irmão de José Olímpio; e Wladimir Garcez.

O oitavo réu do processo, Geovani Pereira da Silva, acusado de ser o contador da quadrilha, está foragido desde a Operação Monte Carlo e não deve ser ouvido pela Justiça.

As audiências aconteceriam no fim de maio, mas foram suspensas por uma decisão liminar do desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que entendeu que as diligências teriam de ser concluídas. Depois, o juiz do caso em Goiânia foi substituído após alegar ter sido ameaçado. O novo magistrado responsável pelo caso, Alderico Rocha Santos, remarcou as audiências para esta terça e quarta.

Após a Operação Monte Carlo, o Ministério Público Federal de Goiás denunciou 81 pessoas, mas o processo foi dividido em dois: um para os 73 réus soltos e outro para os oito com mandado de prisão, entre os quais Cachoeira. As audiências se referem apenas ao processo contra os oito réus.

Estratégia da defesa
Os advogados de defesa afirmaram ao G1 que tentarão suspender a realização das audiências logo no início da sessão desta terça. A estratégia será argumentar que algumas diligências deixaram de ser cumpridas e que, por esse motivo, nem todos os documentos foram incluídos no processo.

O advogado Leonardo Gagno, que defende dois réus do processo - Dadá e José Olímpio de Queiroga - disse que questionará logo no início da sessão a ausência nas audiências destas terça e quarta dos advogados dos 73 réus do processo referente à Monte Carlo que foi desmembrado.

"O problema maior é que a defesa de todos os outros réus deveria estar presente. Não sei como o juiz vai lidar com isso. Isso poderá gerar uma nulidade gravíssima porque cerceia o direito de defesa", disse Gagno, que afirmou que avaliará durante a audiência se seus clientes falarão ou ficarão em silêncio.

O advogado Jeovah Borges Júnior, que defende Lenine Araújo de Souza, apontado como braço-direito de Cachoeira, disse crer na possibilidade de o próprio magistrado adiar a audiência pela falta das diligências. "Outra nulidade seriam os extratos da Nextel que não vieram. Ele mesmo [o juiz] condicionou as audiências à chegada das diligências."

A advogada Dora Cavalcanti, que defende Carlinhos Cachoeira, disse que, se documentos estiverem faltando, a defesa também fará o questionamento no início da audiência.

"Sobre os documentos solicitados por nós, no início da audiência é que vamos ter notícias. Não adianta verificar agora porque os autos foram requisitados pelo Ministério Público, pelo juiz."
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