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Domingo, 21 de julho de 2024

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'Não vou afrontar minha consciência', diz juiz do caso Cachoeira

O juiz Alderico Rocha, que comanda as audiências do processo referente à Operação Monte Carlo na 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia, afirmou logo...

O juiz Alderico Rocha, que comanda as audiências do processo referente à Operação Monte Carlo na 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia, afirmou logo no começo da audiência desta quarta-feira (25) que se decidir pela condenação ou absolvição dos réus, será de acordo "com a consciência" e por "convicção absoluta".


Este é o segundo dia de audiências para ouvir testemunhas de acusação e defesa do processo referente à Operação Monte Carlo, na qual o bicheiro Carlinhos Cachoeira foi preso no fim de fevereiro. O contraventor e mais sete são réus na ação penal.

"Eu disse, jamais eu vou afrontar minha consciência, seja para condenar, seja para absolver. Vocês podem ficar tranquilos que se eu vier a condenar um dos senhores é porque eu tenho convicção absoluta", afirmou o magistrado.

O juiz pediu apoio dos advogados e dos réus para que fosse reduzido o número de testemunhas a prestar depoimento nesta quarta. Das testemunhas de acusação indicadas pelo Ministério Público Federal duas foram ouvidas na terça (24) e faltaram os depoimentos de outras duas, que serão questionadas apenas pelos advogados de defesa. Além disso, ainda precisarão ser ouvidas quatro testemunhas indicadas pelos réus. Inicialmente dez pessoas foram convocadas, mas os advogados de defesa dispensaram seis.

"Minha preocupação [...], é de minha natureza termos julgamento rápido. Meu trabalho sempre é rápido. Sou amigo dos procuradores, sou amigo dos advogados, mas isto não impede que eu condene, é um fato", afirmou o juiz.

Nova audiência
O magistrado responsável pelo processo não descartou a possibilidade de que novas datas sejam marcadas para finalizar as audiências que não forem completadas nesta quarta. Existe a possibilidade de que os réus não consigam depor nesta quarta por falta de tempo.

"Não terminando a instrução, vou ser obrigado a marcar para a próxima semana, ou no máximo em 10 dias, nos reencontramos aqui de novo. Estarão vocês aqui de novo", disse. Ele citou o fato de que Cachoeira não está sob custódia da Justiça Federal de Goiás e terá que mandá-lo de volta para Brasília.

Contador
O advogado Calixto Abdala, que representa Geovani Pereira da Silva, acusado de ser o contador da quadrilha, afirmou ao juiz que pedirá a revogação da prisão preventiva do acusado, que está foragido. Diante do advogado, o magistrado já antecipou que vai negar o pedido. Geovani é o único dos réus que está foragido.

"Eu fui analisar, de fato não tem como revogar neste momento porque seria uma situação de difícil entendimento. Quem nunca esteve preso, revogar seria uma premiação à aquele que evitou cumprir a medida".

Segundo o magistrado, há possibilidades de o advogado conseguir revogar a prisão após o término da audiência de instrução.

"Prisão preventiva, na nossa cultura, está ligada à instrução. Terminada a instrução, a prisão preventiva fica ligada à antecipação da pena. Termina instrução, a possibilidade de o senhor reverter a prisão é muito grande".
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