O candidato do PT à Prefeitura de SP, Fernando Haddad, disse neste sábado que espera que todos os envolvidos no escândalo do mensalão, se comprovada a culpa, sejam punidos pelo erro. Mas aproveitou a resposta para levantar acusações ao PSDB. Haddad participou de entrevista no SPTV, da TV Globo.

— Espero que todos sejam julgados e punidos, se a culpa for comprovada. Mas não só os do PT. O mensalão começou lá em Minas, com o PSDB, em 1998.

Haddad disse ainda que se a justiça se fizer para um e não para outro, a democracia sairá enfraquecida.

Questionado sobre sua atuação como ministro da Educação, muito criticada e acusada de fraude, Haddad defendeu-se dizendo que sua gestão foi a que mais expandiu a educação.

— A educação no Brasil hoje é um caso de sucesso no exterior. Os órgãos internacionais reconhecem.

Sobre o Enem, o petista disse que não houve fraude, mas sim um crime, e que seus rivais deviam se solidarizar com ele, e não criticá-lo.

— Não houve fraude no Enem, mas sim um crime, reconhecido e condenado.

Haddad mais uma vez votou a falar do PSDB para complementar sua resposta, e citou a cratera do Metrô.

— Imagina na cratera do Metrô, se fosse identificado um sabotador, nós iríamos nos solidarizar com o José Serra que era o governador à época. Mas não, o que aconteceu lá foi um erro, foi um homicídio culposo.

A respeito do polêmico kit gay, Haddad afirmou que ele e a presidente Dilma tomaram a decisão correta. Ele explicou que o material não era adequado para crianças, mas sim aos professores, então não foi distribuído e pronto. Disse que a produção do vídeo foi um erro.

Sobre o trânsito na cidade, Haddad disse que pretende segregar faixas para oferecer um transporte público melhor, e citou Marta Suplicy e novamente o PSDB.

— Nós queremos aplicar recursos do Metrô do jeito que a Marta estava prevendo: dinheiro novo, cronograma e estação novos. Ou seja, não dá para simplesmente passar o dinheiro da prefeitura sem saber o que vai ser feito com ele. Então, eu vou repactuar com o Metrô. Nós queremos colocar inclusive dinheiro federal no Metrô, que o governo recusa. Mas nós vamos colocar federal, municipal para atender ao paulistano. Agora, não dá para ter esse ritmo tucano de entregar obra.