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Sábado, 20 de julho de 2024

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Fora das urnas, nomes fortes de partidos contabilizam ganhos e perdas

Lideranças políticas com influência direta nas campanhas, mesmo sem ter os nomes na urnas das disputas municipais deste ano, contabilizam ganhos e perdas com o pleito e a nova configuração...

Lideranças políticas com influência direta nas campanhas, mesmo sem ter os nomes na urnas das disputas municipais deste ano, contabilizam ganhos e perdas com o pleito e a nova configuração política regional no país a partir de janeiro.


O governador de Pernambuco, Eduardo Campo (PSB), contudo, é quem sai mais fortalecido com os resultados das eleições.

Campos nacionalizou seu nome e seu partido, ampliou para o número de capitais comandadas Pela legenda para cinco --superando o PT e PSDB-- e espalhou sua influência para além do Nordeste, afirmaram especialistas ouvidos pela Reuters.

Para o cientista político da Unicamp Roberto Romano, o PSB foi quem mais teve ganhos neste pleito, por conseguir dobrar sua representatividade em termos de prefeitos e vereadores.

"Há uma liderança nacional (Eduardo Campos) que cresce e preocupa tucanos e petistas. Ele tem condições de fazer alianças que preocupam eles (PT e PSDB)", disse Romano.

Em 2008, o PSB conquistou 310 prefeituras. Agora, chegou a 450, considerando os resultados deste domingo. E governará cinco capitais, entre elas Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. E em todas essas disputas teve o PT como adversário.

O ex-presidente Lula, que apostou na renovação e fez o PT reconquistar o comando da capital paulista com um nome neófito nas urnas, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, também colheu dividendos políticos no pleito deste ano.

"Mesmo com erro em Recife, quem saiu consagrado é o Lula", disse o cientista político e diretor do Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais (Inpro), Benedito Tadeu Cesar, argumentando que o ex-presidente bancou a percepção de que o eleitorado queria mudança em São Paulo.

Em Recife, Lula pediu e a cúpula nacional do partido interveio no diretório local e impôs a candidatura do senador Humberto Costa, que acabou em terceiro lugar.

Para Romano, o êxito da estratégia de Lula em São Paulo não revela uma fórmula infalível. "Em São Paulo, pelas condições especialíssimas é que deu certo", analisou.

Já a presidente Dilma Rousseff, que pessoalmente teve modesta participação nas campanhas municipais, viu quatro dos cinco palanques em que subiu (Salvador, Campinas, Manuas, Belo Horizonte e São Paulo) serem derrotados.

Porém, para os analistas, a participação cirúrgica pode ter ajudado a presidente a irritar pouco sua grande base aliada, que se fragmentou nas disputas pelo país, principalmente o PSB e o PMDB.

"Ela conseguiu em parte não se transformar em 'cheerleader' (animadora de torcida) do PT, esteve em Salvador e Campinas e perdeu, mas não comprometeu sua pessoa com essas vitórias ou derrotas", analisou Romano.

Já o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), apesar de ter apoiado José Serra, derrotado na capital paulista, sai desta eleição com um trunfo importante: conseguiu consolidar seu novo partido, o PSD, em apenas um ano.
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