O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nessa segunda-feira (3) que a corrupção não está mais “debaixo do tapete” e disse que atualmente há mais autonomia dos órgão de fiscalização e controle, como o Ministério Público e a Controladoria Geral da União (CGU).

“A impressão de que há mais corrupção agora não é real. O que há mais agora é que as coisas não estão mais debaixo o tapete. E a Polícia Federal e os órgãos todos de vigilância e fiscalização estão autorizados, e com toda a liberdade garantida pelo governo. Quero insistir nisso, não é uma autonomia que nasceu do nada, porque antes não havia essa autonomia, nos governos Fernando Henrique não havia essa autonomia”, afirmou o ministro.

Carvalho falou com a imprensa ao participar nesta manhã, em Brasília, de um debate sobre os desafios da construção da democracia no Mercosul.

Gilberto Carvalho não quis comentar os desdobramentos da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, mas quando questionado por jornalistas se o país ainda tem de lutar contra a corrupção, ele afirmou que a atuação da Controladoria “nunca teve tanta liberdade para agir do que agora”.

A Polícia Federal deflagrou no dia 23 de novembro a Operação Porto Seguro, que investiga um suposto esquema de fraude de pareceres técnicos de órgãos públicos com a finalidade de beneficiar empresas privadas.

O ministro, que foi chefe de gabinete durante os dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a Polícia Federal só passou a ser independente a partir do governo Lula. “Agora há autonomia, inclusive quando cortam na nossa própria carne, e isso é saudável”, disse.

“Antes havia ‘engavetador’ geral da República. Com o presidente Lula nós começamos a ter um procurador com toda a liberdade”, declarou.