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Sábado, 20 de julho de 2024

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Base se movimenta para derrubar relatório do PT na CPI

Partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff se movimentaram na manhã desta terça-feira para derrubar o relatório produzido pelo PT na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira. A sessão começou às 11h10.


No Senado, Renan Calheiros, líder do PMDB e do bloco formado por seu partido, PP e PV, fez alterações na composição oficial da CPI com o objetivo de atrair possíveis votos para derrubar o relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG). Assim, o senador Ivo Cassol (PP-RO) entrou no lugar de Paulo Davim (PV-RN) e Sérgio Petecão (PSD-AC) no de Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Em outra frente, o governador de Alagoas, Teotonio Vilela (PSDB), pediu ao líder do PSB na Câmara, Givaldo Carimbão (AL), de quem é próximo, que intercedesse para que o deputado Glauber (PSB-RJ), tido pelos petistas como voto certo em favor do relatório de Cunha, rejeitasse o texto do PT. Glauber rejeitou a proposta.

O PSDB também se aproveitou de outro partido da base de Teotonio para virar o voto de do deputado Mauricio Quintela Lessa, do PR, outro partido que, como o PSB, integra a base de Teotonio Vilela em Alagoas. Quintela Lessa deve votar contra o relatório petista.

Em outra frente, para ganhar pelo menos um voto do deputado João Costa (PPL-TO), Odair Cunha deve excluir do seu relatório as principais acusações contra o empresário Rossine Aires Guimarães, dono da Construtora Rio-Tocantins, que tem ligações com a Delta.

Além do relatório do PT, foram apresentados cinco votos em separado: quatro da oposição (PSDB, DEM, PPS e PSOL) e um do principal partido aliado do PT no governo federal, o PMDB, do deputado Luiz Pitiman (DF), que não pede o indiciamento de ninguém.

A disputa principal se dá, porém, entre PT e PSDB. Mesmo com o voto em separado do PSOL, os petistas confiam em uma aliança informal com o chamado grupo dos independentes da CPI, egressos do PDT, PTB, PSOL. Calculam ter 20 votos.

Já os tucanos contam com dissidências na base aliada para derrubar o relatório do PT. Há apoios do PMDB, PSD, PP, PR e PTB. O objetivo é evitar o indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), presente no relatório de Cunha, e o do ex-proprietário da construtora Delta, Fernando Cavendish. Eles também calculam ter 20 votos. Mas a comissão só tem 36 integrantes.
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