O Partido dos Trabalhadores (PT) completa nesta terça-feira (1.1.2013) no comando da Presidência da República. O dia 1º de janeiro de 2003 entraria para a história por marcar a posse de Luiz Inácio Lula da SIlva como presidente eleito do país. Pela primeira vez um trabalhador ligado aos grupos sindicais ascenderia ao cargo mais importante da Nação.
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A vitória de Lula nas eleições de 2002, em sua quarta tentativa de chegar ao poder, veio acompanhada de uma profunda mudança na maneira como o PT e Lula se apresentavam ao eleitor. A criação do "Lulinha Paz e Amor", obra do marketeiro Duda Mendonça, foi a forma encontrada para reduzir a rejeição da população à figura do então candidato.
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Antes de entrar na disputa, Lula era visto como homem rude, sem a elegância e a capacidade de Fernando Henrique Cardoso para governar, nem a habilidade de Fernando Collor de Mello para convencer as multidões. E gradualmente ele foi sendo trasformado em um grande estadista.
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Em seus dois mandato, Lula não mexeu na política econômica e colheu frutos deixados pelo governo do PSDB, como o controle da inflação e a estabilidade na moeda. Aprimorou programa sociais e, como resultado, deu início a um processo de eliminação da pobreza extrema.
Ganhou destaque internacional a idéia de presidente operário que despertou o "gigante adormecido" e pagou a dívida externa. Lula é reconhecido como um dos melhores presidentes da história do país com percentuais recordes de aprovação junto aos brasileiros.
Após oito anos de mandato, Lula consegue eleger como suscessora sua então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a primeira mulher a alcançar o posto de presidente da República Federativa do Brasil.
Dilma impôs, desde o primeiro dia de mandato, um estilo próprio, firme, sem o mesmo jogo de cintura de Lula para comentar assuntos variados - de futebol à política - e nomeia pessoas de sua inteira confiança para deixar como marca a eficiência e a qualidade técnica de seu governo.
Já são dois anos desde que Dilma assumiu o país e a presidente deu continuidade ao governo iniciado por Lula, consolidando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) criado na Era-Lula, e colocando em prática a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Ao mesmo tempo que Dilma alcança aprovação da opinião pública superior à do ex-presidente, o partido cresce em número de parlamentares, governadores e prefeitos de pequenas, médias e grandes cidades, tornando-se, ao lado do PMDB, a maior legenda da política nacional.
Mas foi com Lula e Dilma que o PT perdeu a inocência. O partido e seus aliados aparelharam o Estado e abriram espaço para a fisiologia no Congresso. O PT acabou sendo manchado por inúmeros escândalos, sendo o maior deles o Mensalão, que deve colocar na cadeia alguns de seus próprios fundadores, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, além do deputado federal suplente José Genuíno.
Favorito hoje para emplacar a quarta vitória presidencial seguida em 2014 --tanto Dilma Rousseff quanto Luiz Inácio Lula da Silva lideram com folga as pesquisas de intenção de voto--, a sigla tenta superar o desgaste causado pelo mensalão, maior escândalo da era Lula (2003-10), e pretende se manter no poder por, pelo menos, mais dez anos.
