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Sábado, 20 de julho de 2024

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PMDB se articula para presidir Câmara e Senado em 2013

Com a maior bancada do Senado e a segunda maior na Câmara, o PMDB se prepara para controlar as duas Casas do Congresso em 2013. Se hoje detém o comando do Senado, com José Sarney (AP), o partido confia no cumprimento de um acordo com o PT para presidir também a Câmara nos dois últimos anos do mandato da presidente Dilma Rousseff. A eleição deve ocorrer no início de fevereiro, na volta do recesso legislativo.


No Senado, o nome mais cotado para a presidência é o do atual líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), que renunciou ao cargo em novembro de 2007, acuado por denúncias de que teria a pensão de uma filha paga por uma grande construtora. Nas negociações para voltar ao comando da Casa, ele tenta obter apoio das bancadas aliadas ao governo, que costuram há meses acordos em troca dos votos.

Na Câmara, o PMDB espera contar com apoio integral do PT, por ter abdicado, em favor do aliado, da disputa pela presidência no início de 2011. O nome apresentado pela direção do partido é o do líder Henrique Eduardo Alves (RN), veterano na Casa, com dez mandatos consecutivos no currículo.

Senado

O senador Gim Argelo (PTB-DF), um dos coordenadores da campanha de Renan Calheiros, calcula que o peemedebista já tenha apoio de cerca de 60 dos 81 senadores. "Somos muitos ajudando na campanha do Renan. Para presidir o Legislativo brasileiro, é o nome ideal, mas quem quiser pode colocar o nome na disputa", afirma o petebista.

O episódio que levou à renúncia de Calheiros em 2011 promete ser um dos alvos das candidaturas de oposição que já começam a ser construídas na Casa. Mas Argelo argumenta que o caso se restringiu à esfera pessoal. "O caso do Renan foi pessoal. Não teve nenhuma relação com o Senado e é isso que vamos mostrar, caso seja preciso", afirmou.
Adotando tom de cautela, Calheiros prefere ainda não falar como candidato, mas admite que as negociações que estão sendo feitas pelos que defendem sua candidatura.

"As pessoas falam que eu sou candidato, mas qualquer passo é precipitado. Como líder, eu tenho de ajudar na unidade do partido, mas não falar como candidato. E não tenho participado da campanha, deflagrado a campanha. Eu não posso inverter os papéis", disse. Sobre o passado, Renan evita falar. "Prefiro não comentar esse assunto", afirmou, ao ser indagado sobre a renúncia.

Enquanto a base governista estrutura a composição do Senado para os próximos dois anos, um grupo de senadores articula de forma paralela uma candidatura alternativa. Largaram na frente os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que se notabilizaram pelo discurso anticorrupção.

Mesmo prevendo dificuldades para obter maioria, Randolfe defende uma alternativa. "Não há chance de não termos uma candidatura paralela. Nem que eu coloque meu nome sozinho [...] Calculo que possamos ter entre 10 e 12 votos", diz o senador.
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