Olhar Direto

Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Política BR

Câmara começa 2013 com mais de 30 mudanças

Além dos 26 deputados que renunciaram ao mandato para assumir as prefeituras nos municípios, as eleições 2012 provocaram uma nova movimentação entre titulares e suplentes na Câmara. Até sexta-feira (4), cinco parlamentares já tinham se afastado temporariamente da Casa por serem nomeados secretários em diversas cidades.

Quem chega e quem já deixou a Câmara

Dentro da Câmara existe a expectativa de que o número de suplentes que vão assumir o mandato em definitivo ou de forma temporária chegue aos 34. Por enquanto, somadas as renúncias e licenças, as mudanças somam 31. De acordo com informações da Casa, dois suplentes ainda não tomaram posse, o que deve ocorrer nos próximos dias.

O último deputado a se licenciar do cargo foi o ex-vice-líder do DEM na Câmara Pauderney Avelino (AM). Cotado para assumir a liderança da bancada neste ano com a eleição de ACM Neto como prefeito de Salvador, ele deixou o cargo temporariamente na sexta-feira. Pauderney vai assumir a Secretaria de Educação de Manaus na administração do tucano Arthur Virgílio. O deputado do DEM também disputou a eleição em Manaus, mas acabou ficando fora do segundo turno.

Por enquanto, seu suplente ainda não tomou posse. O substituto tem 72 horas para informar à Câmara se assumirá o cargo ou não. Em 2010, Pauderney foi eleito por uma ampla aliança proporcional que juntou 12 diferentes partidos, indo do DEM ao PCdoB. Por isso, a expectativa é que seja convocado Eronildo Braga Bezerra (PCdoB).

O representante do PCdoB, que teve 80.545 votos em 2010, é casado com a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), derrotada no segundo turno da eleição em Manaus por Virgílio. Caso Bezerra decida não assumir, a Câmara convocará o próximo suplente, Plínio Valério (PSDB). Ele também terá três dias para se decidir. Os contatos são feitos até o 11º suplente da coligação.

Administração paulistana

Outro que se licenciou e ainda não tem substituto é o deputado José de Filippi (PT-SP). Prefeito de Diadema (SP) em três oportunidades e tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff, o petista foi convidado para assumir a Secretaria de Saúde da prefeitura de São Paulo. Apesar de ser engenheiro de formação, ele aceitou o convite de Fernando Haddad para compor o primeiro escalão da administração paulistana.

Pela lista de suplentes da coligação encabeçada pelo PT em 2010, o primeiro a ser convocado seria Helcio Antonio da Silva (PT-SP). No entanto, ele foi eleito vice-prefeito de Mauá (SP) e pode recusar a indicação. Os próximos da lista são Renato Simões (PT-SP) e Gustavo Petta (PCdoB-SP). Petta, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), elegeu-se vereador em Campinas.

Não é apenas o ex-prefeito de Diadema que deixou a Câmara temporariamente para assumir uma posição na prefeitura de São Paulo. Líder do PT no ano passado, Jilmar Tatto (SP) deixou o mandato para assumir a Secretaria de Transportes, cargo que ocupou no mandato da petista Marta Suplicy. No lugar dele assumiu a ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP).

Operação da PF

Uma das mudanças trouxe de volta à Câmara um personagem que passou por momentos de constrangimento em 2011. A saída de Maurício Trindade (PR-BA) para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social em Salvador resultou na posse de Colbert Martins (PMDB-BA) na última quinta-feira (3). Ex-secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert passou seis dias na cadeia por causa da Operação Vaucher, da Polícia Federal.

A operação investigou um convênio do ministério com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), uma organização sem fins lucrativos, para capacitação de pessoas. A operação resultou na prisão do secretário-executivo da pasta, Frederico Silva da Costa, do ex-presidente da Embratur Mário Moysés e de Colbert Martins. Eles pagaram fiança e foram soltos.

Após assumir o mandato como suplente, ele disse não estar constrangido e que está seguro da sua inocência. O peemedebista ainda não teve seu caso analisado pela Justiça. Assim como ele, outros assumiram o mandato sob suspeita. Além de José Genoino (PT-SP), condenado a seis anos e 11 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, um responde por homicídios e dois são acusados de trabalho escravo, como mostrou o Congresso em Foco.

Por fim, o último a se licenciar é Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ). Também suplente, ele deixou o cargo para assumir a Secretaria Municipal de Governo do Rio. No seu lugar entrou o também peemedebista Fernando Lopes.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet