Após ser recebido pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) – nome cotado no meio político para disputar a Presidência da República nas próximas eleições – afirmou que ainda “não chegou a hora" de tratar de 2014”.
A reunião, segundo disse, teve como pauta as parcerias do governo federal com o estado, como medidas contra a estiagem e obras em andamento.
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Campos falou com a imprensa após o encontro, que durou quase duas horas, no gabinete da presidente.
“Não estamos tratando de 2014 até porque não chegou a hora de tratar de 2014. Estamos tratando de ajudar a presidente Dilma a vencer o ano de 2013 com a unidade da nossa base”, afirmou Campos, que é presidente do PSB. “Para chegarmos a 2014, temos que passar por 2013”.
A reunião, afirmou o governador, foi marcada no final de semana passado, quando Dilma e ele se encontraram durante o período de férias da presidente na Bahia. Ela passou 12 dias na Base Naval de Aratu, em Salvador, onde encontrou-se também com o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).
“Acho que a gente não deve eleitoralizar o debate político brasileiro neste instante. O mundo passa por uma severa crise. Tudo o que o país não precisa é a gente começar a montar palanque em janeiro de 2013”, disse.
Campos afirmou que seu partido “estará ao lado" da presidente Dilma Rousseff durante todo o ano de 2013. “Se ela fizer um grande ano de 2013, ela tem tudo para fazer um grande ano de 2014”, afirmou.
Somente em 2014, disse o governador, o PSB tomará a decisão se continuará na base aliada.
“Tomaremos em 2014 a decisão que seja melhor para preservarmos o projeto que nós ajudamos a construir, que vem ajudando o povo a viver melhor. Vamos fazer isso conversando, dialogando com a presidente Dilma”, disse.
Eduardo Campos negou, porém, que o PSB exigirá mais ministérios em troca do apoio. “De forma nenhuma. Nossa relação com o governo nunca foi por questão de cargos. Estamos mais preocupados com o conteúdo do governo”, afirmou.
Atualmente, o PSB comanda dois ministérios, o da Integração Nacional, com o ministro Fernando Bezerra, e a Secretaria Especial de Portos, com Leônidas Cristino.
“Nos sentimos [integrantes do PSB] comprometidos com o governo Dilma”, afirmou Campos ao dizer que seu partido tem sido um “aliado correto”.
“A disposição do PSB – colocamos isso claramente no ano passado – é de dar a contribuição do partido para que possamos retomar o crescimento econômico”, afirmou o governador.
Eduardo Campos negou ainda que tenha tratado com Dilma sobre a candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) à presidência da Câmara dos Deputados. “Essa pauta é uma pauta da Câmara dos Deputados, não é uma pauta dos partidos”, afirmou.
“Júlio tem prerrogativas, tem méritos, tem qualidades, tem um desejo da minha bancada que ele dispute a eleição, mas isso é um assunto do parlamento. Não tratamos desse assunto aqui”, afirmou.
