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Sábado, 20 de julho de 2024

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PGR acusa Renan de desviar dinheiro e falsificação, diz revista

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), favorito a ser eleito presidente do Senado em eleição que ocorre nesta sexta-feira, é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso, segundo o site da revista 'Época'. Somadas as penas previstas para cada crime, o senador poderia pegar de 5 a 23 anos de detenção.


De acordo com a reportagem da revista que afirma ter obtido a denúncia completa do procurador-geral da República, Roberto Gurgel ao Supremo Tribunal Federal (STF), enviada na quinta-feira, Renan é acusado de ter apresentado notas frias e documentos falsificados para justificar a origem dos recursos que um lobista de uma grande empreiteira entregava à mãe de sua filha, a título de pensão. A denúncia provaria que o senador não tem condições financeiras de arcar com a pensão - e que não fez esses pagamentos à mãe de sua filha.

Além disso, a denúncia acusa o ex-presidente do Senado de desviar R$ 44,8 mil da instituição. Nesse caso, também teriam sido usadas notas frias para justificar o desfalque nos cofres públicos. A denúncia de Gurgel está com o ministro Ricardo Lewandowski, que deve encaminhar aos demais ministros do STF voto favorável ou contrário à denúncia. Lewandowski não tem prazo para dar seu voto, egundo a revista.

A acusação feita pelo procurador-geral da República se baseia em denúncias que vieram à tona em 2007, e acarretaram em renúncia de Renan à presidente do Senado - com continuidade do exercício do mandato. A revista 'Época' lembra que, naquele ano, foi revelado que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagava, em dinheiro vivo, R$ 16,5 mil mensais à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador teve uma filha.

Nesse período em que o lobista Gontijo bancava as despesas de Renan, entre 2004 e 2006, a Mendes Júnior recebia R$ 13,2 milhões em emendas parlamentares de Renan destinadas a uma obra no Porto de Maceió tocada pela empreiteira, segundo a publicação. Na época, um processo no Conselho de Ética no Senado foi aberto, mas Renan assegurou aos colegas que bancava a pensão do próprio bolso, apresentando documentos bancários e fiscais que comprovariam sua versão. O dinheiro seria proveniente de investimentos do senador em gado.

De acordo com a publicação, a PGR obteve, com permissão do Supremo, a quebra do sigilo bancário do senador. Uma perícia da Polícia Federal nas contas dele apontou que 'os recursos indicados por Renan Calheiros como sacados em dinheiro não poderiam amparar os supostos pagamentos a Mônica Veloso no mesmo período, seja porque não foi mencionada a destinação a Mônica, seja porque os valores destinados ao denunciado não seriam suficientes para suportar os pagamentos', diz a denúncia, segundo a revista.

Já teve início a sessão de eleição do presidente no Senado para o biênio 2013/2014 em que Renan é o favorito. O senador não comentou a reportagem da revista.
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