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Sábado, 20 de julho de 2024

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Líder do PT diz que partido não pode 'prejulgar' Renan Calheiros

O novo líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), afirmou nesta sexta-feira (1º) que o partido não pode “prejulgar” Renan Calheiros (PMDB-AL), eleito presidente do Senado com o apoio de parlamentares petistas.


“O PT defende a ética, mas não se dá ao direito de fazer prejulgamentos. Não há nenhuma condenação de Renan. Quando houver decisão, valerá a posição do Poder Judiciário”, afirmou Wellington Dias.

Escolhido com o voto de 56 senadores para comandar pela segunda vez a Casa e o Congresso Nacional, Renan foi denunciado na semana passada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Agora o Supremo Tribunal Federal terá que decidir se abre ação penal contra o senador.

Renan Calheiros retoma a presidência do Senado após cinco anos. Em 2007, ele deixou o cargo em meio a denúncias de que usou dinheiro de lobista para pagar pensão de uma filha fora do casamento. Absolvido pelo plenário, Renan continuou como senador e era, até agora, líder da bancada do PMDB no Senado.Esses fatos levaram à denúncia da Procuradoria-Geral da República.

Oposição
O PSDB, que declarou apoio à candidatura de Pedro Taques (PDT-MT), adversário de Renan, afirmou que a eleição do peemedebista poderá prejudicar a imagem do Senado. “Nós temos que aguardar as consequências dessa eleição. O que o Senado decidiu foi desdizer o que disse em 2007, quando exigiu a renúncia, e tem que arcar com as conseqüências”, afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

O líder do DEM, senador José Agripino Maia (DEM-RN), afirmou que a eleição de Renan pode desencadear no futuro uma crise entre poderes, já que o peemedebista poderá ser réu em um processo criminal no Supremo Tribunal Federal. A corte decidirá se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral e abre ação penal contra o senador.

“O presidente do Senado tem uma denúncia no Supremo, o que provoca uma tensão inevitável entre os poderes, entre o Congresso e o Judiciário. E o Judiciário está fortalecido com o julgamento do mensalão. É um fato desagradável que poderia ser evitado”, disse Agripino.

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