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Sábado, 20 de julho de 2024

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Beabá da economia

Pacto federativo está cheio de furos, observa Taques em discurso didático

Foto: Agência Senado

Pacto federativo está cheio de furos, observa Taques em discurso didático
No dia em que quase todos os governadores foram ao Congresso Nacional para debater questões tributárias que afetam diretamente os brasileiros, o senador Pedro Taques (PDT-MT) aproveitou a tribuna para traduzir o assunto ao cidadão. E apontou uma série de correções que precisam ser feitas nas propostas em debate para evitar a perda de recursos por parte dos Estados.


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Ao criticar a Guerra Fiscal, em que Estados pobres oferecem incentivos e isenções para atrair investimentos e aumentar a arrecadação de tributos, ele citou a Medida Provisória 599, através da qual o governo federal pretende unificar e fixar em 4% as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

E destacou também a tramitação do projeto de resolução 1/2013, do Senado, cujo objetivo é evitar que empresas instaladas em estados considerados mais pobres se retirem para regiões mais ricas quando houver a unificação das alíquotas.

“Os Estados precisam receber outras fontes estáveis de recursos para continuar a funcionar normalmente, tipos de investimentos que transformem a sua economia, que permitam criar e atrair empresas não só por descontos no ICMS, mas pelas oportunidades de crescimento que a instalação no Estado possa oferecer”, afirmou.

Segundo ele, apesar de achar válida a idéia da compensação aos estados com a unificação da alíquota, o projeto precisa ser corrigido para evitar "armadilhas".

“A compensação de receitas aos Estados que perdem ICMS está cheia de “armadilhas”, limites de valor e de prazo, que não dão garantia alguma que os recursos que, por exemplo, Mato Grosso hoje arrecada, dentro da lei, pra pagar os serviços que presta, serão mantidos. A compensação que o pelo governo federal “vendeu” não é o que ele está “entregando”, acrescentou.

Na avaliação do senador, recursos para o desenvolvimento regional, como aqueles disponíveis no Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FCO), precisam ser mais bem empregados.

“Esses recursos que a União oferece para desenvolver os nossos Estados precisam ser usados muito mais para projetos públicos de infraestrutura, transportes, ciência e tecnologia: esses é que são os grandes gargalos que precisamos vencer”, frisou.

A respeito do Fundo de Participação dos Estados (FPE), ele considera que, para Mato Grosso e regiões da Amazônia, seria injusto o critério de partilha a partir do tamanho da população e da renda per capita.

“São assuntos técnicos, complexos, mas não podem ser escondidos do povo com esse pretexto de serem “difíceis”. Cada um de vocês tem o direito de conhecer esse quadro por inteiro”, finalizou.
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