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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Justiça prorroga prisão de prefeitos por mais cinco dias e três foram afastados do cargo

Foto: Olhar Direto

preso preso é afastado e tem prisão prorrogada por mais cinco dias

preso preso é afastado e tem prisão prorrogada por mais cinco dias

O juiz Paulo Afonso deferiu o pedido de afastamento cautelar do prefeito de Aragarças, Aurélio Mendes e de mais três agentes públicos suspeitos de envolvimento no esquema de fraude e superfaturamento de medicamentos descoberto em Goiás na operação Tarja Preta com desdobramento em Aragarças.


A decisão foi divulgada no final da tarde de sexta-feira (18), quase no mesmo período em que o Tribunal de Justiça (TJ-GO) por intermédio do desembargador Edison Miguel da Silva Jr decidiu prorrogar a temporária dos onze prefeitos presos por mais cinco dias e de mais 15 pessoas envolvidas nas fraudes de licitações e venda superfaturada de medicamentos. O esquema investigado pode ter causado um rombo de R$ 15 milhões.

De acordo com o Ministério Público, os investigados mantinham um esquema de combinar as licitações e os ganhadores superfaturem os valores e dividirem o dinheiro entre eles e prefeitos, secretários e agentes públicos.

Com relação à prefeitura de Aragarças, o magistrado determinou o bloqueio junto ao sistema bancário no valor de R$ 646.031,56 (valor estimado do prejuízo causado) nas contas bancárias dos investigados Edilberto César Borges, Milton Machado Maia, Aurélio Mauro Mendes, Emerson Ferreira Coelho Souza, Suelen Freire de Almeida, Daiane Cristina de Oliveira Rohden, das empresas J Médica Distribuidora de materiais hospitalares Ltda, única Dental Vendas de Produtores Odontológicos e Hospitalares Ltda e Pro-Hospital Produtos Hospitalares Ltda.

Em caso de insuficiência de saldo nas contas dos requeridos, o magistrado determinou o bloqueio de bens móveis e veículos pelo sistema do INFOJUD e RENAJUD até o limite de R% 646.031,66. Foram suspensos cautelarmente todos os efeitos jurídicos dos contratos, atos e documentos emitidos ou celebrados entre o município aragarcense e os requeridos sobre a aquisição de medicamentos e materiais hospitalares.

O juiz determinou também o afastamento imediato dos cargos: Aurélio Mauro Mendes, Emerson Ferreira Coelho Souza, Suelen Freire de Almeida e Daiane Cristina de Oliveira Rohden nos termos do artigo 20 parágrafo único da lei 8.429/92 até o julgamento da ação principal.

Além de Aurélio já foram afastados os prefeitos de Piranhas, Otair Teodoro Leite (PSDB) e Delson José Santos (PSDB), do Carmo do Rio Verde. Aurélio e Otair foram afastados pelo juíz Paulo Afonso; e Delson, por sua vez, foi afastado pelo magistrado Cristian Assis.

E permanecem presos também Luiz Eduardo Pitaluga da Cunha (PSD), de Pires do Rio; Zilmar Alcântara (PTB), de Inaciolândia; Janduhy Diniz (PSDB), de Rialma; Gilmar do Prado (PP), de Uruana; Romário Vieira da Rocha (PR), de Corumbaíba; Marcos Roger Garcia Reis (PMDB), de Cromínia; Neldes Beraldo Costa (PT), de Perolândia; Sinomar José do Carmo (PMDB), de Aloândia; Fausto Brito Luciano (PSDB) e de Araguapaz.

Essa é maior operação realizada no país com a prisão de onze prefeitos, nove secretários municipais e 14 agentes públicos fora empresários e advogados envolvidos no esquema. A investigação é promovida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).


VICE ASSUME

O vice-prefeito de Aragarças, Léo Leão (PMDB), assumiu na noite de ontem a prefeitura de Aragarças durante uma sessão extraordinária convocada para apreciar um pedido de afastamento enviado por Aurélio Mendes (PSDB), que se encontra preso em Aparecida de Goiânia.

O pedido do tucano se tornou desnecessário diante da decisão da Justiça de afastá-lo até julgamento da ação principal. O presidente do legislativo, Celso Barros, disse que a Câmara não foi informada sobre a decisão da Justiça e por isso votou o pedido do prefeito. “A entrada do vice é justamente para que o município não fique parado enquanto o titular está sendo investigado”, completou.

O vereador Dulcindo Duda disse que o mais certo nesse momento é abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar paralelamente o crime cometido pelo prefeito. “Nós temos que abrir uma CPI urgentemente com resposta dos vereadores a sociedade para não ficar uma impressão que nós do legislativo não queremos apurar o que está acontecendo. Essa é a minha opinião e espero que demais vereadores reflitam sobre isso”, finalizou.
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