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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Câmara poderá apurar denúncias de maus-tratos em animais no Instituto Royal

A Câmara dos Deputados poderá apurar as denúncias de maus-tratos praticados pelo Instituto Royal e os atos de vandalismo praticados pelos manifestantes no protesto contra o uso de animais em pesquisas no sábado. O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) disse neste domingo que vai entrar com requerimento na segunda-feira para a criação de uma subcomissão na comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado para investigar o caso. Segundo o deputado, até quarta-feira, deve ser apreciado o pedido.


- Me surpreendi e fiquei chocado com a situação de alguns animais que vi pela imprensa. Vi fotos inclusive de uma animal congelado. Instalada a subcomissão, vamos chamar todos os envolvidos para prestar esclarecimentos.

Neste domingo, dois manifestantes permanecem presos na delegacia de São Roque, em São Paulo, por dano ao patrimônio público. Eles foram detidos ontem durante a depredação de uma viatura da polícia no protesto na rodovia Raposo Tavares, próximo ao Instituto Royal. Como foram presos em flagrantes, não têm direito à fiança. Outros dois detidos foram liberados ontem após o pagamento de um salário mínimo. Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas no confronto entre policiais e manifestantes mascarados. Três carros foram incendiados.


Uma patrulha da PM permanece em frente ao prédio do instituto para evitar nova invasão. Na madrugada de sexta-feira, ativistas invadiram o laboratório e levaram 178 cães da raça beagle usados em testes de medicamentos. Eles acusam o instituto de maus-tratos com os animais. A empresa nega irregularidades e informa que segue as normas da Anvisa.

No fim da tarde de sábado, após a manifestação, chegou a circular na cidade um boato de que um grupo de black blocs invadiria a delegacia. A força tática da polícia chegou a isolar a área, mas não houve tentativa de invasão.

Convocada pela internet, a manifestação contou com cerca de 500 pessoas, segundo avaliação da PM. Dessas, entre 40 e 50, alguns com os rostos cobertos, identificavam-se como sendo do Black Bloc. No confronto, a Tropa de Choque usou balas de borracha e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que revidaram com pedras. Placas metálicas de sinalização foram usadas como escudo.

Com luvas especiais e máscaras, integrantes do Black Bloc conseguiam pegar com as mãos as bombas de gás e arremessá-las de volta para o lado dos policiais. Os ativistas reclamaram tanto do trabalho da PM, que teria perdido o controle da situação, quanto da ação dos Black Blocs, quando se negociava autorização para que uma comissão protestasse em frente ao Instituto Royal.

O deputado estadual Feliciano Filho (PEN), um dos autores do projeto de lei que restringe a utilização de animais em testes de laboratórios, também foi atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo quando tentava negociar com o comandante da PM . Segundo o parlamentar, que prestou depoimento no Distrito Policial de São Roque, duas senhoras e um rapaz registraram Boletim de Ocorrência (BO) contra os policiais militares por conta de ferimentos causados por balas de borracha.
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