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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Ex-diretor da CPTM usou doleiros de Maluf e do caso Banestado para mandar dinheiro para a Suíça

O engenheiro João Roberto Zaniboni, ex-diretor de operações e manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em dois governos do PSDB (Mário Covas e Geraldo Alckmin), entre 1999 e 2003, usou a mesma logística e os...

O engenheiro João Roberto Zaniboni, ex-diretor de operações e manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em dois governos do PSDB (Mário Covas e Geraldo Alckmin), entre 1999 e 2003, usou a mesma logística e os mesmos agentes empregados pelo ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996) e por empresários e investidores do caso Banestado para transferir pelo menos US$ 836 mil para a conta Milmar, de sua titularidade, no Credit Suísse, em Zurique.


Documentos enviados pelo Ofício Federal de Justiça da Suíça para o Brasil revelam passo a passo os caminhos do dinheiro de Zaniboni -o Ministério Público de São Paulo suspeita que o ex-diretor da CPTM recebeu propinas para favorecer a Alstom, multinacional francesa, em contratos de fornecimento e serviços de revisão geral de 129 vagões.

Dois nomes notoriamente conhecidos dos investigadores integram a estrutura da qual também se valeu Zaniboni: a casa de câmbio Lespan, sediada no Uruguai, e a Goldrat Corporation, controlada pelo famoso doleiro brasileiro Marco Antonio Cursini, garantiram as transferências dos recursos que abasteceram a Milmar.

A Lespan operava nos Estados Unidos para cambistas da América Latina, inclusive doleiros do Brasil. Ela desponta como personagem central em uma das mais importantes e decisivas investigações já realizadas contra Maluf, mantido preso na Polícia Federal, por 41 dias, em 2005.

Na época, uma força tarefa do Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal descobriu, a partir de dados enviados pela promotoria de Manhattan, que a Lespan enviou US$ 11,3 milhões para a conta Chanani, do doleiro Birigui, em Nova York – o dinheiro, segundo os promotores, teve origem em desvios que Maluf teria realizado a dano do Tesouro paulista.
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