O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou nesta quinta-feira (24), no Recife, que a presidente Dilma Rousseff pode contar com o PSB e a Rede "para defender os interesses mais elevados do povo e do Brasil". As recentes pressões que a petista tem recebido para a definição de palanques regionais e apoios foi o que motivou o comentário.
O socialista fez questão de ressaltar a proposta do novo diálogo que quer impor. “Tudo que for a favor do Brasil, ela [a presidente] vai contar conosco. Nós não vamos, de maneira nenhuma, alimentar esse tipo de política porque exatamente para vencer esse tipo de política que nós estamos fazendo o debate com a sociedade brasileira”, disse.
Como prática da política saudável, Campos citou o bom relacionamento entre o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e a presidente Dilma Rousseff, que teceu elogios à administração dele durante visita recente a Minas Gerais. Embora a definição do quadro eleitoral do PSB só saia no próximo ano, Campos admitiu que já existem conversas com algumas legendas, inclusive em São Paulo, onde não negou o diálogo com o PSDB.
“Conversa sempre houve, sempre vai haver. Agora, o processo mesmo decisório sobre a questão dos arranjos políticos para palanque regional não vai ser dado até dezembro, não estamos apressados com isso”, reiterou o governador.
Questionado sobre uma possível estratégia em que Marina Silva seria responsável pelas críticas mais mordazes ao governo federal e ele ficaria mais resguardado, o presidente do PSB brincou, aos risos: “Normalmente, quando se tem uma estratégia, não se fala da estratégia, se pratica. Se não, deixa de ser estratégia”.
As declarações foram dadas após vistorias nas obras do Túnel da Abolição, Zona Norte do Recife, e da passarela que vai ligar o Aeroporto dos Guararapes ao metrô. As duas intervenções devem ficar prontas antes do prazo estabelecido inicialmente: o túnel deve ser entregue em fevereiro de 2014, um mês antes do previsto, enquanto a conclusão da passarela pode sair ainda em 2013 – a previsão era de junho do próximo ano.
