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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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PSB deve concluir programa de governo até dezembro, diz Campos

Potencial candidato à Presidência da República em 2014, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta segunda-feira (28) que seu partido irá lançar até dezembro uma prévia do programa de governo da candidatura ao Palácio do Planalto. Nesta segunda, a cúpula do PSB se reuniu, em São Paulo, com integrantes da Rede Sustentabilidade para começar a elaborar um programa de governo conjunto.


"Estamos iniciando a discussão. Vamos ter um documento de referência até dezembro", prometeu Campos durante o encontro.

A reunião de trabalho desta segunda foi o primeiro encontro programático entre o PSB e a Rede desde que a ex-senadora Marina Silva anunciou sua filiação à legenda comandada pelo governador pernambucano, em 5 de outubro.

Durante entrevista coletiva concedida durante o evento, Marina foi indagada sobre se ela se incomodava com as alianças costuradas por Campos no governo de Pernambuco. O dirigente do PSB abriga 14 partidos em sua administração estadual.

Ao responder aos repórteres, a ex-senadora enfatizou que se as alianças do pernambucano fossem "fisiológicas" ele não seria o governador mais bem avaliado do país.

"Se fosse uma gestão puramente fisiológica, [Campos] não seria o governador mais bem avaliado do país", ressaltou.

Apesar de defender as alianças costuradas pelo presidente do PSB, Marina ponderou que as parcerias eleitorais no país devem ser negociadas com base em programas, e não "pura e simplesmente" com foco em "nomeações e reposições de cargos".

Sentado ao lado da ex-ministra do Meio Ambiente, Campos afirmou que PSB e Rede têm "muita identidade". "As pessoas que militam no PSB têm perfeita compreensão do papel que a Rede tem para a política brasileira", destacou o governador.

Questionado sobre o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuar como cabo eleitoral de Dilma Rousseff, Eduardo Campos evitou polemizar. "Cada um faz o que pode, do jeito que pode", ironizou.

Aliança programática
Crítica do lotamento da administração pública pelos partidos, Marina Silva disse que a aliança programática firmada entre o PSB e a Rede não significa que o grupo governará sozinho caso vença a eleição presidencial. "Jamais poderá ser a distribuição do cargo pelo cargo", destacou.

A ex-senadora disse que, na hipótese de o candidato do PSB se eleger para o Palácio do Planalto, o partido pretende atrair para o governo as legendas que ocuparam a Presidência desde 1995.

"Se ganharmos, queremos governar com os melhores do PT, os melhores do PMDB, os melhores do PSDB, porque acredito que essas pessoas existem em todos os partidos e têm ideias e compromissos com programa em todos os partidos. E estamos dizendo antes para que ninguém diga depois: 'vocês agora que ganharam estão aí conversando com o Lula, com o Fernando Henrique'", observou.

Mesas redondas
No encontro do PSB e da Rede, realizado em um centro empresarial de São Paulo, integrantes das duas legendas passaram o dia debatendo eventuais consensos sobre diferentes temas. Em meio às reuniões, Marina Silva e Eduardo Campos passavam pelas mesas de debates e interagiam com os participantes.

As duas siglas pretendem usar o resultado das discussões no plano de governo socialista que será elaborado para a disputa pelo Planalto.
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