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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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COM LULA

Em Minas, Dilma e Lula reclamam de pouca divulgação de ações federais

Em visita à cidade de Montes Claros (MG) nesta sexta-feira (1º), a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, manifestaram insatisfação com a divulgação das ações do governo federal na região, localizada no norte do estado, que faz divisa com a Bahia.


Num discurso para mais de 100 prefeitos, Dilma disse que programas bancados por verbas federais, como o Minha Casa, Minha Vida (habitacional) e o Água para Todos (de abastecimento) muitas vezes não são atribuídos ao governo federal. Com uma revista local nas mãos, ela se queixou da omissão nas reportagens em atribuir a autoria dos programas.

"Acabei de chegar e em deram algumas revistas, acontece que nesta revista tem uma informação errada a respeito do programa Água para Todos. Eu dou um doce para quem achar o nome do governo federal nesta reportagem. Não tem a menor menção ao governo federal", ironizou a petista.

Ao falar, Lula também se queixou e disse que placas anunciando programas do governo federal eram retiradas e placas do governo estadual, comandado pelo PSDB, mantidas. "Quanto programas federais chegavam aqui e mudavam de nome? Quantos programas o governo federal aparecia uma letrinha desse tamanho? Em quantos estados fui e tinha placa com o nome do governo federal e depois passava gente retirando?", disse.

Dilma aproveitou para destacar medidas que tomou para amenizar o impacto da seca – os municípios do Norte de Minas passam por um período de estiagem que é considerado um dos mais rigorosos dos últimos tempos. Ela citou a implantação de cisternas, distribuição de água em carros-pipa, concessão de bolsa estiagem e garantia safra.

Na cidade, Dilma e Lula foram acompanhados do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, candidato ao governo estadual pelo PT, e do empresário Josué Gomes, filho do ex--vice-presidente José Alencar (1911-2011), e candidato ao Senado pelo PMDB. O vice-presidente Michel Temer também fez parte da comitiva, além de deputados e políticos aliados.

Na reunião, Dilma também repetiu o discurso de combate ao "pessimismo" e à "desinformação" na campanha eleitoral deste ano. Ela falou que na época em que Lula foi candidato, criaram a frase "a esperança vai vencer o medo", mas que agora a situação é outra, "estamos em um momento em que a verdade tem que vencer a desinformação deliberada, a falsidade e o pessimismo", afirmou.

Lembrou a Copa do Mundo, que disse ter sido um sucesso com benefícios para o país, apesar de todos os questionamentos que foram feitos antes sobre a organização.

Comparações
Candidato ao governo mineiro, Fernando Pimentel começou seu discurso falando que apesar de o PT estar no governo federal e a oposição no estado nos últimos 12 anos, o que define a política são "a entrega, os resultados e o conteúdo".
"Em Minas Gerais, em 12 anos, me digam uma obra que resolveu os problemas da população?", questionou o candidato aos prefeitos presentes na reunião.

Em seguida, Pimentel citou que foi a cidade de São Francisco, onde a balsa, que é o único meio de acesso a outros municípios estava parada, e uma adolescente acabou morrendo por precisar atravessar o rio para ter atendimento médico. O candidato também falou sobre a situação das estradas que cortam Minas Gerais, destacando a precariedade da que liga Pouso Alegre e Jacutinga.

Lula, por sua vez, insistiu em comparações com governos do PSDB, que tem Aécio Neves e Pimenta da Veiga como candidatos, e afirmou que o PT não tem "o direito de correr risco nas eleições de 2014. Se alguém tiver alguma dúvida do que pode acontecer com o país é só lembrar o que era o Brasil em 2002", disse, em referência aos governos do PSDB.
O ex-presidente disse que o país tinha alto número de desempregados, dívidas e não oferecia oportunidade a quem quisesse estudar. "Temos até 5 de outubro, uma só tarefa para a nossa cidade, é de ver claramente o que foi feito no país há 12 anos e desafiar o nosso adversário a contar o que eles fizeram"

O ex-presidente ressaltou que o PT sempre esteve aberto ao diálogo dos prefeitos, diferentemente do governo anterior "que não gostava de conversar com os prefeitos, que achavam que eles iam só para cobrar".

Candidato ao Senado, Josué Alencar, foi comparado por Dilma, Lula e Pimentel ao pai e comentou que é questionado por muitos em relação a sua entrada na política.

"Aprendi em casa, com meu pai, que não há nada mais nobre do que a política, quando bem exercida. Também sou testemunha do que está acontecendo no Brasil, um governo voltado para o povo e indissociado de políticas econômicas", afirmou.

Josué Alencar, que é empresário, também disse que na contramão do governo federal, Minas Gerais caiu três posições no ranking de competitividade entre os estados.

"A situação é preocupante, mas não surpreende. Faltam em Minas Gerais condições de segurança pública, saúde e educação. Temos um Governo federal com programas sociais e econômicos e prefeitos dispostos a trabalhar, mas no meio do caminho não temos nada."

Depois, à noite, Lula, Dilma, Pimentel, Temer e Josué Alencar participaram de comício no centro da cidade para o lançamento oficial da candidatura da aliança ao Senado. Durante seu discurso, Josué disse que estava emocionado por lançar sua candidatura na cidade onde a família tem empresas.

"Entrei na política para honrar o nome de meu pai e trabalhar para o desenvolvimento de Minas. Como empresário e cidadão, acredito que Dilma soube conduzir o país diante da crise mundial sem prejudicar os mais necessitados", afirmou.

Em seu discurso, Lula defendeu o controle da inflação no governo Dilma, criticada por adversários. "Resolvemos o problema da inflação, sem causar desemprego, ao contrário do governo anterior. Quem ajuda o governo de Dilma a controlar a inflação é o próprio povo que não compra uma mercadoria sabendo que ela é exageradamente cara", disse.

Lula também elogiou o ex-vice-presidente José Alencar, dizendo que ele "foi a sustentação da minha campanha quando em 2005 queriam me derrubar", disse.
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