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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Movimento pede a eleitores que paguem R$ 3,50, mas não votem

Descrédito com o sistema político brasileiro faz com eleitores incentivem o não comparecimento às urnas em 5 de outubro deste ano e defendem o pagamento da multa de R$ 3,50. O valor de referência é cobrado de quem não justifica a ausência no prazo de até 60 dias depois do pleito. No Facebook há vários grupos e páginas chamando para o movimento “Pago R$ 3,50, mas não voto”.


São grupos criados há mais de dois e outros com menos de um mês. As justificativas são as similares. Críticas ao sistema político, os casos de corrupção, contestação sobre a credibilidade da urna eletrônica e a falta de expectativa de mudanças concretas. E o movimento tem força. Somente em uma página que defende o fim do voto recebeu quase 23 mil curtidas.

Nesta mesma linha, foi criado um evento no dia 5 de outubro, quando será realizado o primeiro turno. Chamado "Não vou votar!", a iniciativa prevê que todos os que não quiser votar se reúnam na avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro (RJ) a partir das 8h.

Uma das brasileiras que não irá às urnas é a carioca Erica Bottino, que defende o evento "Não vou votar". A justificativa: não tem motivos para participar da eleição. Segundo Erica, nem o sistema político e nem os candidatos fazem com que tenha interesse em votar. "Não havendo voto, não há possibilidade de manipulação", explica. Para mudar essa situação, a jovem defende mudanças no sistema eleitoral e candidatos mais comprometidos. "Um sistema que a população tenha a certeza de que os mesmos (políticos) servem ao nosso País e têm comprometimento com o povo", afirma. Ela destaca que o ato de não votar é uma maneira de protesto, mesmo que "não mude muita coisa". Mesmo assim, gostaria que o movimento crescesse para que os "políticos vissem quem manda."

Como o voto é obrigatório, quem não o fizer enfrentará restrições, como se inscrever em concurso público e obter passaporte ou carteira de identicidade. Se deixar de votar em três turnos consecutivos terá o título cancelado.

Contra o voto obrigatório

No Congresso Nacional está em tramitação uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata sobre o fim do voto obrigatório. A iniciativa foi lançada em 2012, pelo deputado federal Filipe Pereira (PSC-RJ). A PEC encontra-se em análise na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Atualmente, o voto só é facultativo para quem tem entre 16 e 17 anos e os maiores de 70 anos. O tema integra a Reforma Política que está em discussão no Congresso.
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