O prestígio do PT junto ao eleitorado de São Paulo, maior colégio do País, está baixo. O partido não conseguiu eleger governador, senador e teve baixa votação na corrida presidencial no primeiro turno. Apesar disso, o Estado ficou de fora da agenda da presidente Dilma Rousseff nesta semana.

A campanha da petista preferiu priorizar os Estados onde a candidata à reeleição teve votação mais expressiva. Ela começou a corrida pelo segundo turno com uma caravana pelo Nordeste, região onde conquistou quase 60% do eleitorado. Entre quarta e quinta-feira (9), Dilma passou pelo Piauí, Paraíba, Bahia, Sergipe e Alagoas.

Nesta sexta-feira (10), a cidade escolhida para um ato público foi Canoas (RS), onde a presidente abriu seu discurso agradecendo pela “quantidade expressiva” de votos que recebeu no Estado. Ao lado do candidato à reeleição, governador Tarso Genro (PT), Dilma pediu a criação de “uma onda gaúcha” em favor de sua campanha.

A mobilização do partido em São Paulo ficou a cargo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou de uma plenária com centenas de militantes no centro da capital nesta quinta-feira (9). No ato, o ex-presidente disparou críticas contra PSDB, partido do adversário da petista, Aécio Neves.

Também presente na plenária, o presidente nacional do partido e coordenador da campanha, Rui Falcão, admitiu que o PT teve um desempenho ruim no primeiro turno e pediu empenho da militância para aumentar a votação da presidente no Estado.

— A eleição se decide no Estado de São Paulo e na capital de São Paulo. E vamos combinar que nós não fomos bem na capital. E não se trata de culpar ninguém. Se trata de buscar as razões disso e buscar reverter.

Neste sábado (11), Dilma vai a Contagem, em Minas Gerais, Estado onde também saiu vitoriosa nas urnas. A primeira passagem da candidata por São Paulo após a derrota para Aécio está prevista para domingo (12).