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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Eduardo Cunha depõe à Polícia Federal em inquérito sobre gravação

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que depôs na manhã desta terça-feira (10) à Polícia Federal, no inquérito aberto para investigar a autoria de uma gravação telefônica que cita o peemedebista. A conversa foi revelada pelo próprio Cunha no dia 20 de janeiro, durante a campanha para o comando da Casa.


Na ocasião, ele afirmou que a gravação era uma montagem, com o objetivo de prejudicar sua candidatura. A PF abriu investigação a pedido do próprio deputado.

“Já prestei depoimento. Agora é com eles. Eles precisavam formalmente do meu depoimento para, a partir daí, fazer as investigações”, afirmou Cunha.

Ele disse ter reiterado à PF o que contou antes à imprensa, ao divulgar o áudio. O depoimento ocorreu na residência oficial da presidência da Câmara. Cunha informou que recebeu a gravação no dia 17 de janeiro, em seu escritório político, no Rio de Janeiro, de uma pessoa que teria se identificado como policial federal.

No diálogo gravado, um dos interlocutores dá a entender que seria aliado do deputado e outra pessoa o estaria chantageando para não revelar informações que comprometeriam Cunha. Nos três minutos e meio de gravação, uma pessoa – supostamente um policial – ameaça revelar nomes se não receber dinheiro em troca.

“O meu delegado já me chamou, já andou me sondando, e o negócio está ficando feio. Inclusive, me disseram que o Ministério Público vai me chamar. Aí, se eu ficar abandonado, eu vou jogar m... no ventilador. Está todo mundo enchendo a burra de dinheiro e eu estou abandonado e duro, sem grana, só segurando a p...”, diz um dos interlocutores.

A outra pessoa, suposto aliado de Cunha – o que o deputado nega – pede que o interlocutor tenha “tranquilidade” porque ele será “remunerado” e “o dinheiro vai chegar” nas mãos dele.

“Não se preocupe com a questão financeira, tenha paciência. (...) Tenha tranquilidade que você vai ser remunerado, o dinheiro vai chegar em suas mãos”, responde. Em outro momento, afirma que ele não ficará abandonado: “A nossa equipe continua de pé e nós vamos honrar tudo o que falamos com você, você não ficar abandonado e sem dinheiro.”

Cunha disse ser vítima de 'alopragem'
Na ocasião da divulgação do material, Cunha classificou o áudio de“grosseira falsificação”, que mostra uma “simulação teatral de diálogo”. Disse ainda é foi vítima de "alopragam" pela segunda vez durante a campanha.

Na primeira, ele foi citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho em depoimento na Operação Lava Jato, que investiga esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. Oliveira Filho disse que, a mando de Alberto Youssef, suposto chefe do esquema, entregou dinheiro em uma casa no Rio de Janeiro que pertenceria a Cunha – o que o deputado nega.

Depois, Oliveira Filho retificou o depoimento, dizendo não ter certeza se a casa era de Cunha. Oadvogado de Youssef afirmou que o cliente dele não conhece Eduardo Cunha nem mandou entregar dinheiro a ele.
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