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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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PMDB quer criar comissão para atestar saúde de Cid Gomes

O PMDB protoclou nesta quarta-feira (11) requerimento para criar uma comissão de parlamentares, de preferência com formação médica, para verificar "in loco" a condição de saúde do ministro da Educação, Cid Gomes. O pedido, porém, ainda precisa ser votado pelo plenário da Câmara.


O ex-governador do Ceará havia sido convocado para prestar esclarecimentosnesta quarta aos deputados sobre uma declaração polêmica. Entretanto, nesta terça (10), ele foi internado no Hospital Sirio-Libanês, em São Paulo, conforme mostrou o Blog do Camarotti.

Na manhã desta quarta, a assessoria do Ministério da Educação protocolou na Câmara um pedido de adiamento da convocação – quando a presença é obrigatória. No ofício, o ministro pede que seja agendada uma nova data.

Cid foi convocado pelos deputados para explicar declaração feita por ele de que a Câmara tem "uns 400 deputados, 300 deputados" que "achacam". O verbo "achacar" significa extorquir dinheiro e é usado para fazer referência a casos de chantagem.
A declaração foi feita a uma plateia de estudantes da Universidade Federal do Pará no último dia 27. A pretexto de defender a gestão de Dilma Rousseff, o ministro atacou o Legislativo.

"Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil, porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas", declarou Cid na ocasião.

A fala de Gomes causou reações entre os líderes da oposição na Câmara, que se mobilizaram atrás de assinaturas para o requerimento de convocação.

No dia da votação da convocação, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou Cid de "mal educado" e cobrou a presença dele. "Ele vai ter que vir aqui explicar quem são os achacadores do Congresso. Um governo que tem como lema pátria educadora não pode ter um ministro da Educação mal educado", disse.

No requerimento, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), defende a criação da comissão sob o argumento de que, por se tratar de uma convocação, a “ausência injustificada” pode resultar em crime de responsabilidade.
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