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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Senador de MT que foi “sitiado” na Venezuela acusa governo brasileiro de abandonar a comitiva

Foto: Divulgação

Senador de MT que foi “sitiado” na Venezuela acusa governo brasileiro de abandonar a comitiva
O senador José Medeiros (PPS), o único representante de Mato Grosso entre os parlamentares que ficaram “sitiados” por manifestantes na Vezenuela nesta quinta-feira (18), acusou o governo Dilma Rousseff de orientar o embaixador do Brasil, Rui Pereira, a abandoná-los à própria sorte.


Em vídeo publicado no Blog do Fernando Rodrigues, no Portal UOL, Medeiros relatou que os problemas começaram quando o avião pousou em Caracas, capital da Venezuela, e eles tiveram que permanecer por quase uma hora dentro da aeronave, antes de terem autorização para desembarcar. 

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“Tentaram impedir a comitiva de cruzar o caminho da imprensa. Em seguida, como não teve jeito, fomos levados para vias previamente fechadas pelo governo, onde fomos atacados por manifestantes e abandonados à própria sorte pelo governo brasileiro. A mensagem que [o governo] deixou foi clara: mandou que o embaixador nos abandonasse lá e deixou a comitiva inteira nas mãos dos delinquentes bem pagos e bem orientados pelo governo da Venezuela”, afirmou.

Em sua página no Facebook, Medeiros postou um breve relato do ocorrido e criticou também o governo venezuelano. Ele ainda acusou o embaixador Rui Pereira de ser cúmplice do governo daquele país. Para ele, a situação ocorrida nesta quinta-feira foi um desrespeito ao Brasil.

“Nesse momento estamos todos bem. O perigo já passou. Fomos sitiados por manifestantes venezuelanos. Ficamos presos. Sequer tivemos apoio da Embaixada Brasileira. Um total desrespeito, não conosco senadores, mas com o Brasil. O Senado da República vai convocar o embaixador brasileiro na Venezuela para dar explicações de toda essa situação de abandono a nós, senadores, e de cumplicidade com o governo venezuelano”, afirmou os senador mato-grossense.

Medeiros disse que o governo da Venezuela colocou alguns policiais para proteger os senadores brasileiros, mas que proteção não foi adequada. “O governo venezuelano simplesmente parou o trânsito de toda uma cidade, prejudicando a população para que a delegação brasileira não pudesse cumprir sua missão democrática e diplomática. Colocaram somente seis policiais para nos proteger dos manifestantes”, disse.

A comitiva de senadores incluía, além de Medeiros, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Aloysio Nunes (PSDB-SP), e os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES)  e Sérgio Petecão (PSD-AC).

A intenção dos senadores brasileiros era visitar presos políticos do regime do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, além de fazer um ato com as esposas de políticos presos e conceder entrevistas à mídia venezuelana defendendo a liberdade e a democracia. Ao sair do aeroporto, os senadores encontraram bloqueadas as vias de acesso ao presídio, por cerca de 100 manifestantes governistas, que chegaram a apedrejar o ônibus da comitiva. 

Após o ocorrido, os senadores abortaram a missão e decidiram voltar ao Brasil. Eles desembarcaram na Base Aérea de Brasília na madrugada desta sexta-feira (19), pouco depois da meia-noite. Outro vídeo mostra José Medeiros já no avião, voltando para o Brasil, e comentando a missão frustrada.

“Infelizmente não conseguimos fazer nosso trajeto em virtude do autoritarismo do governo da Venezuela, que impediu o Senado brasileiro de visitar os presos e prestar solidariedade ao povo venezuelano. Foram ofendidos não os senadores que estiveram aqui, mas o Congresso Nacional, o Senado Federal, e o povo venezuelano, vítima desse governo autoritário”, disse.

Assista aos vídeos de José Medeiros comentando o episódio.
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