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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Youssef e Costa se contradizem sobre doação à campanha de Dilma

Em acareação na CPI da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa deram versões contraditórias sobre o suposto pedido do ex-ministro Antonio Palocci para que dinheiro desviado da petroleira fosse repassado para a campanha de 2010 da presidente Dilma Rousseff.


Em seu acordo de delação premiada, o ex-dirigente da Petrobras afirmou que, na eleição de 2010, Palocci o procurou pedindo a liberação de recursos para a campanha presidencial de Dilma. O dinheiro, segundo Paulo Roberto Costa, viria da cota reservada ao PP no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato.

No entanto, Youssef negou diante do ex-diretor e dos deputados que integram a CPI que Palocci tenha pedido a ele qualquer doação para a campanha petista.

“Eu vou me reservar ao silêncio, com referência a esse assunto, porque existe uma investigação sobre o Palocci. Tem um outro colaborador que está falando, eu não fiz esse repasse. E vocês vão saber quem foi que pediu recurso”, disse Youssef aos parlamentares.

“Com respeito ao Palocci, confirmo as minhas declarações feitas anteriormente, eu não conheço o Palocci, não conheço o assessor, nem o irmão e ninguém fez pedido a mim para que eu arrebanhasse recurso para a campanha da Dilma de 2010”, complementou o doleiro.

Ao Ministério Público Federal, Costa afirmou que a solicitação do dinheiro para a campanha de Dilma foi feita por Youssef, que era responsável pela operacionalização financeira do esquema de corrupção. De acordo com o ex-dirigente, o doleiro não esclareceu se o pedido havia sido feito pessoalmente por Palocci ou se havia ocorrido por meio de um assessor.

“Apenas mencionou que era um pedido vindo de Antônio Palocci”, cita trecho do acordo de colaboração de Costa.

Lula e Dilma
Na acareação desta terça, Alberto Youssef reiterou que, na opinião dele, o alto escalão do Palácio do Planalto tinha conhecimento do esquema de pagamento de propina na Petrobras. Porém, Paulo Roberto Costa rebateu a declaração do doleiro, afirmando que nunca falou sobre o assunto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com a presidente Dilma.
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