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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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'A CPMF é crucial para o país voltar a crescer', diz Dilma na Suécia

A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (18) que a CPMF é "crucial para o país voltar a crescer", em defesa da aprovação, até o final do ano, do tributo cobrado sobre transações financeiras. Em entrevista à imprensa na Suécia, ela citou a medida como a primeira necessária para reequilibrar as contas públicas do país para trazer estabilidade para 2016.


"O Brasil precisa de aprovar a CPMF para que a gente tenha um ano de 2016 estável, do ponto de vista do reequilíbrio de nossas finanças", afirmou a presidente. "Nós acreditamos que a CPMF é crucial para o país voltar a crescer", completou depois.

"Estabilizar as contas públicas para quê? Para que o país volte a crescer, para que se perceba que o Brasil tem uma solidez fiscal que vai permitir que nós… Sem a CPMF isso é muito difícil, não vou dizer assim é ‘impossível’. Vou te dizer o seguinte: está no grau de dificuldade máximo. A CPMF é crucial para o país".

Na entrevista, a presidente também descartou demitir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "O ministro Levy fica", disse Dilma.

Ela comentou entrevista publicada neste domingo pelo jornal "Folha de S. Paulo" em que o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu mudança na política econômica ou a eventual substituição de Levy, caso ele não siga a orientação de Dilma na área.

Questionada sobre uma reunião com o ministro na última sexta, Dilma negou que uma eventual saída dele do cargo tenha sido discutida. "Não tocou-se nesse assunto. Não tinha nenhuma insatisfação dele, até porque essa entrevista [de Rui Falcão] não tinha ocorrido", afirmou.

"Eu acho que o presidente do PT pode ter a opinião que ele quiser. Não é a opinião do governo. Então, a gente respeita a opinião do presidente do PT, até porque ele é o presidente do partido que integra a base aliada, do partido mais importante, mas isso não significa que ela seja a opinião do governo", disse também a presidente.

A presidente também reclamou das especulações sobre a saída de Levy da Fazenda. "Eu não sei como é que sai essas informações. Agora, elas são muito danosas, porque de repente aparece uma informação que não é verdadeira", disse.

Em outra parte da entrevista, quando voltou a ser questionada sobre Levy, Dilma reiterou que o ministro não está de saída nem que discutiu o assunto numa reunião na sexta.

"Ele não está saindo do governo. Ponto! Eu não toco mais nesse assunto. Me desculpa, qualquer coisa além disso está ficando especulativo. Me desculpa, especulativo. Vocês não farão especulação a respeito do ministro da Fazenda comigo. Não vão fazer. É essa a minha fala final. A partir de agora, não vou mais responder a respeito do ministro Levy. Isso é fantástico! A política econômica dele. Se ele fica, é porque nós concordamos com ela", disse.

Ela afirmou que durante a reunião, foram discutidos "os próximos passos" e a estratégia do governo para aprovar as principais medidas do ajuste fiscal. Além da CPMF, a presidente também destacou a "DRU", sigla para Desvinculação das Receitas da União, mecanismo que dá ao governo liberdade para usar livremente 20% do que arrecada de parte dos impostos.

Dilma afirmou que um dos fatores que levaram ao atual momento de "dificuldade" na economia foi a "desoneração para além do que era desejável", em referência à diminuição de tributos para setores da economia em seu primeiro mandato. Ela disse que "ninguém contava" com a desaceleração da China "nessa proporção" e que não havia como prever a diminuição no preço das commodities.
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