A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul receberá amanhã cópia digitalizada do processo por improbidade administrativa movido pelo Ministério Público Federal contra a governadora Yeda Crusius (PSDB) e outras oito pessoas ligadas à administração pública.

O acesso ao documento foi autorizado pela juíza Simone Barbisan Fortes, da 3ª Vara da Justiça Federal em Santa Maria (RS).

Segundo a Justiça Federal, o Legislativo estadual receberá uma cópia integral da petição inicial protocolada pelo Ministério Público. No entanto, a divulgação de detalhes do processo continuam proibidas.

A Justiça Federal informou que, no ato do recebimento, os responsáveis deverão assinar um termo de responsabilidade com o compromisso de não divulgar informações sigilosas até uma decisão judicial sobre o assunto.

De acordo com a Assembleia Legislativa, a retirada da cópia digitalizada do processo será feita pelo procurador Fernando Ferreira e pelo superintendente-geral, João Motta, que foram designados o presidente da Casa, Ivar Pavan (PT), para buscar o documento.

CPI

Na última quinta-feira (6), Pavan recebeu o requerimento de uma CPI para investigar Yeda. Após seis meses de articulação, os opositores de Yeda conseguiram a assinatura de 39 deputados para apresentar o documento. A governadora ainda não se manifestou sobre o pedido de investigação.

O pedido de CPI foi retirado da gaveta depois que o Ministério Público Federal apresentou uma ação civil pública contra Yeda e outras oito pessoas. Até então, o documento tinha 17 assinaturas. Com a iniciativa dos procuradores, os deputados do PDT Gerson Burmann, Giovani Cherini e Kalil Sehbe assinaram o documento, totalizando 20 adesões.

Depois, outros 19 deputados, inclusive da base de sustentação de Yeda na Assembleia, também assinaram o documento. A previsão que os trabalhos da comissão comecem em 10 dias. A presidência da CPI será da deputada Stela Farias (PT).