Uma manifestação contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), reuniu sindicalistas, professores e estudantes nesta sexta-feira em Porto Alegre. Com palavras de ordem, cartazes e bonecos imitando a governadora e integrantes de seu governo, os manifestantes pediram a saída de Yeda do cargo.

Segundo a presidente do Cpers (Centro de Professores do Estado), Rejane de Oliveira, os bonecos representavam Yeda e os oito denunciados pelo Ministério Público Federal em ação civil pública por improbidade administrativa.

Os bonecos, em tamanho natural, eram levados por pessoas vestidas de policiais. "Queremos punição", afirmou Rejane.

Na ação, os procuradores pedem o afastamento da governadora, o que já foi negado em primeira instância. A denúncia diz que Yeda foi beneficiária de um esquema que desviou R$ 44 milhões do Detran gaúcho.

Os manifestantes caminharam até o Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, onde pediram o impeachment da governadora.

A reportagem não localizou o comando da Brigada Militar para informar quantas pessoas participaram da manifestação contra Yeda.

CPI

Hoje, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Ivar Pavan (PT), deferiu o requerimento assinado por 39 parlamentares pedindo a instalação de uma CPI para investigar supostos atos de corrupção no governo de Yeda.
"Quando existem dúvidas diante de denúncias, dentro da prerrogativa que tem o Poder Legislativo de fiscalizar, o principal instrumento que a Assembleia tem à disposição é a CPI", disse Pavan.

A comissão funcionará por 120 dias, e o deferimento do requerimento será publicado no "Diário da Assembleia Legislativa" na próxima segunda-feira (17).