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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Sarney critica mídia e diz que há "campanha nazista" contra sua permanência no cargo

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), discursou no plenário da Casa nesta segunda-feira para fazer duras críticas à imprensa e ao que chamou de "campanha nazista" contra a sua permanência no cargo. Ao reagir à denúncia de que dois apartamentos utilizados pela sua família no bairro dos Jardins, em São Paulo, teriam sido adquiridos e registrados em nome da empreiteira Aracati, Sarney negou as acusações.


"O prédio na Alameda Franca, modesto, saindo na Rebouças, é um prédio de apartamento de 85 m2. Eu comprei o primeiro apartamento ali em 1977, ainda em construção, para ali morarem meus filhos que estudavam um na USP outro na Faculdade Cristã. Agora, na terceira geração, quem vai lá, muitos colegas lá já foram, até se admiram como o presidente Sarney mora num apartamento de sala pequena e dois quartos", afirmou.

Sarney disse que o segundo apartamento, no mesmo prédio, foi comprado pelo seu filho Zequinha Sarney (PV-MA) para o neto que estuda em São Paulo. "Um dos meus netos está estudando em São Paulo. Meu filho compra um apartamento no mesmo edifício porque era mais fácil, onde moram seus primos. E declarou no seu imposto de Renda. A escritura não foi passada porque não terminou o pagamento, mas consta no Imposto de Renda", afirmou.

Sarney disse ainda que o jornal "O Estado de S. Paulo", que publicou a denúncia sobre os imóveis, "terceirizou sua redação e sua credibilidade". "Ele [O Estado de S. Paulo] vem se empenhando em uma campanha sistemática conta mim, uma prática nazista de acabar com as pessoas, denegrirem suas honra e dignidade até levar os judeus a uma câmara de gás. Esse tem sido o comportamento de 'O Estado de S.Paulo'", afirmou.

Sarney criticou a cobertura da mídia sobre a crise no Senado ao afirmar que a imprensa não tem limites para a sua atuação nem respeita a Constituição ao "devassar" a privacidade dos parlamentares.

"A Constituição, no artigo 5º, diz que temos direito à privacidade. É uma das garantias constitucionais. E esse país rasga a Constituição. Não temos lei de imprensa, não temos direito de resposta. Temos que nos submeter a isso aqui", afirmou.

Resposta

O presidente do Senado disse que decidiu discursar em plenário depois de ler a repercussão da denúncia --uma vez que diversos senadores defenderam a investigação sobre a suposta compra dos apartamentos pela empreiteira, em São Paulo.

"Que os meus colegas reflitam sobre as suas responsabilidades. Não fica bem para nenhum de nós. Eu só vim falar à Casa por causa disso, senão são os meus filhos que deveriam responder. Procure a Casa ver a minha indignação. Tenho procurado ficar calado. Sabe Deus o que tenho sofrido. Mas não posso deixar de ver uma coisa dessas e ficar calado", afirmou.

Sarney se irritou com comentários dos senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE), Valter Pereira (PMDB-MS) e Demóstenes Torres (DEM-GO) que defenderam investigações na Casa sobre os dois imóveis da família Sarney em São Paulo.

O senador desafiou os colegas ao afirmar que Guerra também vem sendo atacado pela imprensa, Demóstenes lhe deu apoio ao assumir a presidência e Pereira, apesar de ser do seu partido, cobrou explicações indevidas.

"Meus filhos se defenderão por eles mesmos. Eles terão condições de se defender. Mas o que me traz à tribuna é que alguns colegas meus foram muito apressados. Eles não procuraram nem saber do que se tratava. E senadores pedem investigações sobre imóveis de Sarney", afirmou.
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