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Sábado, 22 de junho de 2024

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Lula nega crise no PT, minimiza saída de Arns e critica condenação sem julgamento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou hoje que a saída de senadores do PT possa enfraquecer o partido. Marina Silva (AC) anunciou ontem a saída do PT --ela deve se filiar ao PV, onde é cotada a pré-candidata à Presidência. O senador Flávio Arns (PR) disse que iria deixar o PT por se sentir envergonhado pela ajuda do partido ao arquivamento das representações contra José Sarney (PMDB-AP) no Conselho de Ética.


Lula disse que sua relação com Marina não mudará com sua saída do PT. "A minha relação com a Marina não muda absolutamente nada, eu continuo gostando dela, continuo achando um quadro extraordinário. Mas se ela quis fazer uma opção e não me procurou para conversar é porque ela estava com a opção feita. E eu acho que da mesma forma que ela veio para o PT, ela pode sair do PT", disse ele em entrevista para rádios do Nordeste.

Segundo ele, Marina foi sua ministra do Meio Ambiente enquanto quis ocupar o cargo. "Eu não vejo crise no PT. [...] Todo mundo sabe que a minha relação com a Marina é uma relação superior à relação partidária. Eu conheço a Marina há 30 anos, não são 30 dias, são 30 anos. A Marina foi minha ministra até quando ela quis, ela saiu porque ela pediu demissão."

Lula chamou Arns de senador de primeiro mandato no PT. "O Flávio Arns é um senador no primeiro mandato, é um companheiro que tem os seus valores, mas sempre foi muito encrencado com o PT. Bom, se quiser sair, também... Quem entra, sai. Mas o PT continua forte e continua com muitas possibilidades."

Questionado sobre o fim da corrupção, Lula afirmou que as denúncias aparecem porque são investigadas.

"Eu sou otimista que [corrupção] vai acabar. Porque quando você combate a corrupção, você tem esse problema, ou seja, a corrupção, ela só aparece na imprensa se você estiver combatendo. Quando você coloca a Polícia Federal para fazer a investigação, quando você tem o Ministério Público com a liberdade que você tem no Brasil, quando você tem uma Controladoria-Geral da República que fiscaliza todo o dinheiro federal espalhado pelo país, as coisas começam a aparecer", disse ele.

Lula pediu cuidado para não haver condenações precipitadas. "Acho que não se pode cometer o erro de se fazer pré-julgamento das pessoas: uma pessoa é condenada por uma manchete. No dia seguinte essa pessoa é absolvida e ninguém fala mais no assunto. Então, é preciso que a gente tenha responsabilidade. Eu não quero para o meu inimigo o que eu não quero para mim. O que eu quero? Que as coisas sejam feitas da forma mais democrática possível."

"Muitas vezes, fazendo campanha, a gente achincalha os outros, a gente acusa os outros sem nenhuma prova, apenas porque a gente ouviu falar. Isso rebaixa o nível da política, enoja e muita gente, então, se afasta da política. Quanto mais as pessoas sérias se afastarem da política, mais os picaretas vão entrar na política."
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