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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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'Lula não fez nem um apelo, foi um chamamento', diz Berzoini

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), procurou amenizar a decisão do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) de permanecer na liderança do partido e negou que este seja mais um exemplo de intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conter a crise. Durante o discurso do parlamentar no plenário do Senado na manhã desta sexta-feira, Mercadante afirmou que atendia a um pedido de Lula, que não concordava com a saída dele do cargo. 'Companheiro Mercadante, você me expressou sua indignação com a situação do Senado. Respeito sua posição, mas não posso concordar com sua renúncia à liderança da bancada do PT. A bancada e eu consideramos você imprescindível', escreveu o presidente. Mercadante ressaltou o apoio de Lula em seu perfil no Twitter.


Segundo Berzoini, Lula apenas "propôs uma conversa", guiado pela "relação histórica" que tem com Mercadante. "Não é um caso de intervenção. Ele simplesmente propôs uma conversa. Não fez nem um apelo. Fez, na verdade, um chamamento, à relação de militância de 30 anos", disse Berzoini.

Ao detalhar o encontro entre o senador e o presidente, do qual participou, Berzoini disse que Mercadante ouviu que a atual crise é relevante, mas que não se trata de um episódio "definidor da vida política de um líder". "Ele tem uma contribuição enorme para dar ao governo no Senado e tem competência e história para isso. Seria um desperdício ele sair da liderança e ficar só como senador", continuou. "Foi uma decisão madura."

Berzoini negou que o PT esteja em crise por causa do apoio ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Se fosse o caso, argumentou, as instâncias partidárias já teriam iniciado um movimento para questionar o posicionamento da direção. Dizendo ter conversado com membros da Executiva Nacional e dirigentes regionais da sigla, ele disse ter respaldo total para orientar o arquivamento das representações contra Sarney.

"Em momento algum eu penso que o PT tem que sacrificar bandeiras. Ele não deve, simplesmente, cair em ciladas", continuou, alegando que está em curso uma operação da oposição para desorganizar o PT e o governo. "O que está em jogo no Conselho de Ética é a luta política de 2010."

Entretanto, Mercadante publicou em seu perfil no Twitter que "o presidente disse que sou imprescindível, apesar das divergências diante da postura do PT e do governo frente à crise do Senado".
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