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Domingo, 23 de junho de 2024

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Gerente da Petrobras admite que valor de obra passou de R$ 10 bi para R$ 23 bi

Em depoimento à CPI da Petrobras, o gerente-geral de Implementação de Empreendimentos para a Refinaria Abreu Lima, Glauco Colepicolo Legatti, reconheceu que o valor total da obra passou de R$ 10 bilhões para R$ 23 bilhões. Segundo ele, o aumento na previsão de gastos com a construção foi provocado por "indefinições e mudanças" no projeto inicial da refinaria.


Legatti disse que serão ajustados no projeto, por exemplo, a correção cambial, a escalada de preço de mercado de equipamentos e produtos, a inclusão de unidades de tratamento de enxofre e emissões que não estavam contempladas.

"Quando colocou R$10 bilhões de reais estávamos falando do plano conceitual para o projeto básico. Com o avanço das ações, chegamos ao plano detalhado, analisando várias etapas e a empresa já coloca o número de R$ 23 bilhões, com mudanças e indefinições que não estavam contempladas no projeto. Eles levam a refinaria saindo dos R$10 bilhões para 23 bilhões. Esse projeto em fase de aprovação e esses números vão fazer parte de uma avaliação", disse.

Legatti afirmou ainda que a Petrobras está atenta aos custos da obra e está interessada em "rediscutir todos os preços". O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) questionou as explicações do gerente e disse que as mudanças podem provocar um prejuízo incalculável à estatal.

"O aceitável seria até uma variação de R$ 2 bilhões ou R$ 3 bilhões. Com esse aumento a Petrobras vai ter que rever todo seu plano, inclusive, o retorno. Isso é um erro gravíssimo que muda o quadro de retorno de investimento Petrobras. A Petrobras pode estar tomando um prejuízo incalculável porque esse aumento mudou o projeto inteiramente. Se mexer nas características inicias, você mexe em tudo, inclusive no preço produto final", disse.

Legatti afirmou em outro momento aos senadores que não há sobrepreço na obra, mesmo diante dos questionamentos do TCU (Tribunal de Contas da União). Para ele, a Petrobras entende que a construção de uma refinaria é mais complexa que a de uma rodovia, portanto os parâmetros do TCU precisam ser adaptados.

A Petrobras reafirma que não houve sobrepreço nem superfaturamento e diz que os custos estão de acordo com critérios internacionais de preços. Auditorias do TCU apontariam superfaturamento de até R$ 121 milhões na obra.
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