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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Senado valida contratação do ex-namorado da neta de Sarney

O Senado validou nesta quinta-feira a contratação do ex-namorado da neta do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que ocorreu por meio de ato secreto. O ato que havia nomeado Henrique Dias Bernardes para exercer cargo em comissão na Casa Legislativa foi validado pela diretoria-geral do Senado, que deve publicá-lo no boletim administrativo da Casa nesta sexta-feira.


A Folha Online apurou que, dos 79 atos secretos que nomearam servidores para o Senado, 65 já foram revalidados pela Diretoria Geral do Senado --dos quais 45 já foram divulgados. O ato de nomeação de Henrique Dias está entre os 20 que ainda não foram divulgados pela Casa. Ainda faltam outros 14 que estão sendo analisados pela diretoria-geral para definir se serão, ou não, revalidados.

Nomeado por ato secreto para um cargo na Diretoria Geral, Bernardes foi deslocado para a área administrativa no serviço médico do Senado. No início de agosto, a Casa já havia decidido manter as gratificações incorporadas aos salários de servidores da instituição que foram concedidas por meio de atos secretos --depois de inicialmente suspender as remunerações.

Em entrevista à Folha Online no início de julho, o servidor disse que trabalha oito horas diárias e não demonstrou constrangimento com a divulgação dos áudios da Polícia Federal que indicariam que o presidente do Senado negociou sua contratação.

Em julho, ao se defender das acusações de que usou ato secreto para nomear parentes no Senado, Sarney minimizou a denúncia, mas disse que não podia negar o pedido de uma neta. "Acusam-me de favorecer um namorado de minha neta por ato secreto. Nos trechos de diálogos de maneira ilícita, verifica-se que se tratam de conversas coloquiais entre familiares, que nada têm em um processo em segredo de justiça e pela lei deveriam ser eliminados. Não há nelas qualquer palavra minha em relação a nomeação por ato secreto. É claro que não existe um pedido de uma neta, se pudermos ajudar legalmente, que deixemos de atender", afirmou.

O Senado já havia revalidado o ato que contratou Nathalie Rondeau, filha do ex-ministro Silas Rondeau, e Maria do Carmo de Castro Macieira, sobrinha da mulher do presidente da Casa. Maria do Carmo acabou exonerada por Sarney com o argumento de que, por "zelo", era melhor para a Casa afastá-la devido ao parentesco que mantém com o parlamentar.
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