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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Jucá: Lina esteve no Palácio do Planalto, mas não em dezembro de 2008 Esta matéria contém recursos multimídia

O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), descreveu da tribuna o funcionamento dos sistemas de segurança nas entradas no Palácio do Planalto e garantiu: a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira não entrou no Planalto em dezembro do ano passado para uma suposta reunião com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.


Lina declarou que, nesse suposto encontro, a ministra pediu-lhe que "agilizasse" as investigações da Receita sobre empresas ligadas à família do presidente do Senado, José Sarney. Esse pedido foi interpretado pela então secretária como um comando para encerrar as apurações. A ministra negou as supostas pressões e até que tenha havido tal encontro.

Jucá contestou suspeitas de parlamentares oposicionistas de que o governo poderia "queimar provas" de uma possível entrada ex-secretária, apagando a memória das câmeras de vigilância. A suspeita foi manifestada depois que o Gabinete de Segurança Institucional informou que as câmaras que gravam os movimentos de entrada e das áreas externas do Planalto são apagadas a cada 30 dias.

Conforme o líder governista, as câmaras gravam até preencher uma memória de oito gigabytes, o que costuma ocorrer perto de 30 dias. Depois, as câmaras passam a gravar sobre as imagens antigas. Ele sustentou que a imprensa, de posse do edital de contratação dos equipamentos de segurança dos palácios do governo federal, concluiu por conta própria que as gravações teriam de ser mantidas por seis meses e depois transferidas para um arquivo geral. Jucá explicou que os seis meses se referem a controles de crachás, placas de carros e nomes de visitantes tomados por escrito pelo pessoal da segurança das entradas.

Com base nesses controles de placas e nomes, Romero Jucá informou aos senadores que a ex-secretária da Receita esteve no Planalto nos dias 9 de outubro de 2008, 22 de janeiro, 16 de fevereiro e 6 de maio de 2009.

- Nenhuma dessas datas bate com o que a doutora Lina insinuou que teria feito em dezembro. Então, deixo a bola para a doutora Lina e ela, se quiser, que diga a data que, em tese, teria havia uma reunião que não houve - afirmou Romero Jucá da tribuna.

Pouco depois, em entrevista à imprensa, Jucá foi alertado por jornalistas de que, no Senado, Lina mencionara que o encontro teria ocorrido no "final do ano". O senador disse que o mês dezembro apareceu em notícias de jornais. "Outubro não é fim do ano", disse Jucá.

Ainda em seu pronunciamento, o líder do governo garantiu que a segurança dos palácios do governo em Brasília é voltada para determinadas situações, como "ameaças de bomba", e não "para espionagem". Mais: as câmeras vigiam as áreas externas e as entradas, e não as portas de gabinetes. Explicou que, para os objetivos de segurança fixados pelo Gabinete de Segurança Institucional, as imagens guardadas por cerca de 30 dias são suficientes.

Ao final, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) perguntou com quem Lina Vieira se reuniu nas quatro datas citadas pelo líder do governo. Jucá respondeu que foi "com o presidente, com equipes do Ministério da Fazenda".
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