No lançamento da nova Lei do Petróleo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou uma forma de defender a Petrobras --alvo de uma CPI criada pela oposição no Senado-- e criticar seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. Lula acusou nesta segunda-feira o tucano de tentar destruir no passado o potencial da estatal e deixar o país desacreditado de si mesmo.

"Chegaram a dizer que a Petrobras era um dinossauro a ser desmontado. Se não fosse a pressão popular o nome teria até mudado para Petrobrax. Sabe se lá o que esse 'x' queria dizer no pensamento de alguns exterminadores. Hoje nós vivemos quadro completamente diferente. Passamos a cuidar com muito carinho do nosso querido dinossauro. Deixamos claro que nossa política era fortalecer, e não debilitar a Petrobras. A Petrobras vive hoje um momento singular. É o orgulho do país é uma empresa com crédito de autoridades internacionais", disse.

Diante do governador José Serra (São Paulo) e um dos presidenciáveis do PSDB, o presidente Lula afirmou que no governo Fernando Henrique, quando foi cogitada a privatização da Petrobras, o país era refém do sistema financeiro.

"O país tinha deixado de acreditar em si mesmo. O Brasil não conseguia crescer, altas taxas de juros e desemprego, divida externa elevadíssima, praticamente não tinha reservas internacionais. Volta e meia quebrava, sendo obrigado a pedir ao FMI ajuda, que geralmente chegava cheia de imposições", afirmou.

O presidente confirmou que a Petrobras terá uma papel importante na exploração do pré-sal. "Não poderia deixar de deixar aqui uma sincera homenagem à Petrobras, a sua diretoria e a todo o seu corpo de funcionários. A descoberta do pré-sal, que coloca o Brasil num novo patamar mundial, não foi fruto do acaso e nem mesmo um golpe de sorte", disse.